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sábado, 28 de março de 2009

Em ponto de rebuçado

Sempre fui educada no sentido de cumprir aquilo que prometia. Chegar a horas a dado sítio, combinar uma coisa e levá-la até ao fim, etc, etc. A ideia aqui é que a palavra dada não volta atrás. Claro que não há aqui uma extrema inflexibilidade, mas à partida, alguém que me ouça fazer uma afirmação de intenções, pode contar com a prática das mesmas.

Conheço muitas pessoas que não funcionam da mesma maneira. Identifico-as após os primeiros falhanços e ponho-as na secção adequada conforme o tipo de incumprimento verificado. Existe um tipo de incumpridor que ponho na secção "ok, é deixá-lo". Assim, quando esse tipo de pessoa me diz entusiasmadamente: "Epá, temos que combinar um jantar! Que tal para a semana? Era giro, hein?!", eu respondo: "Ok, ok, depois liga-me e logo combinamos!". É claro que na realidade não estou à espera de nenhum telefonema, naquele caso o que conta é a intenção. Portanto, se o telefonema vier logo se vê, mas é melhor não estar mesmo à espera dele, senão a minha vida irá ficar eternamente congelada. É deixá-lo.

Outro género de incumpridor é o género "atrasado". Este é terrível. Pessoalmente, detesto esperar por alguém, portanto as primeiras vezes que deparo com um incumpridor do género "atrasado", fico a fumegar e com vontade de disparar armas freneticamente numa carreira de tiro. Depois de o colocar na secção devida, tenho algumas soluções para o assunto: 1) passo a combinar sempre x minutos mais cedo do que aquilo que pretendo (para que isto funcione é necessário topar o atraso típico do incumpridor); ou 2) combino o encontro num local onde haja coisas para fazer e não me preocupo minimamente com a hora de chegada do incumpridor, o que interessa é mesmo eu estar entretida.

Existe ainda o género de incumpridor "sempre atrasado, mas sempre avisado". Este é aquele que nós sabemos que inevitavelmente se vai atrasar. Ele próprio é que não o sabe, portanto combina sempre uma hora que depois não consegue cumprir. Mas avisa. Para lidar com este género é necessário ter o telemóvel sempre à mão e não se precipitar na saída de casa sem olhar para o telemóvel primeiro. Ah, lá está a mensagem: "estou 30 minutos atrasado". Pois. Aguardemos.

Há outro género bastante perigoso, o género designado "quero agradar a todos". Este é capaz de fazer a maior confusão de qualquer tipo de combinação, combinar várias coisas ao mesmo tempo com pessoas diferentes, fazer com que ninguém se encontre e com que várias pessoas fiquem chateadas, ou umas com as outras, ou todas com ele. Este género é bastante complicado e é dos que dá mais trabalho: se pretender combinar alguma coisa com um tipo destes o melhor é encher-se de paciência e de saldo no telemóvel, pois o meu conselho é que confirme várias vezes a combinação efectuada e se possível com diferentes pessoas.

É claro que há sempre a alternativa de não combinar nada com estes tipos, mas aí há que pesar as coisas: 1) As virtudes do incumpridor superam os terríveis defeitos? Então pronto, aguente-se. 2) O incumpridor tem tantos defeitos que faz da sua vida um inferno? É mandá-lo à fava.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A rotina do pequeno-almoço


Fico sempre espantada por haver pessoas que são capazes de ir ao café tomar o pequeno almoço e dia-após-dia comer SEMPRE as mesmas coisas. Invariavelmente encontro nos cafés clientes regulares, aos quais os empregados já nem precisam de perguntar nada. Olham para o cliente e tratam logo de pedir um galão e uma torrada, ou uma meia de leite e um pão-de-Deus com fiambre, ou uma bica curta e um queque, etc, etc, etc. Isto tem evidentes desvantagens. A primeira é para mim, que geralmente apanho sempre um cliente regular que está para ser atendido depois, mas que comunica silenciosamente com o empregado através do olhar e acaba por ter o seu galão à frente primeiro que eu consiga sequer abrir a boca. A segunda é para os empregados dos cafés que eu frequento com alguma regularidade: os tipos devem ficar doidos com a variedade de menus que eu consigo inventar. Se um dia é copo de leite e pão com manteiga, no dia seguinte é meia de leite de máquina e sandes de fiambre e no outro pode ser um abatanado e uma arrufada... enfim, as combinações possíveis são tantas quantas a fome, a variedade de escolha e a disposição diária me possam ditar. Isto, que para mim era normalíssimo, tem vindo a tornar-se cada vez mais, conforme vou constatando, numa grande anormalidade. A maior parte das pessoas faz do pequeno almoço uma rotina sem graça nenhuma! Não consigo encontrar explicação para isto, a não ser uma grande falta de imaginação... Teorias, anyone?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Sobre vidas passadas

A propósito de um post que eventualmente não interessaria nada:

Não posso dizer que creia ou não creia em reencarnação, porque ainda não me decidi. Posso apenas dizer que é uma ideia que me agrada por um lado e me dá pavor por outro. O facto é que gosto demasiado da vida que vou levando para imaginar uma futura reencarnação em que ande para aí aos caídos. Quanto ao que terá passado, só me apetece imaginar coisas boas.

Não me parece que tenha sido Cleópatra VII, como muitos gostam de imaginar, até porque não me agrada a ideia de me suicidar com serpentes venenosas. A verdade é que me imagino frequentemente como chefe-de-qualquer-coisa. Talvez pela facilidade com que me flui a capacidade de dar ordens, distribuir tarefas ou ditar sentenças. De certeza que vivi ao pé do mar, mas penso que não morri afogada, ou se morri, o facto não me perturbou grandemente. E digo-lhes mais: não andei por aqui, mas sim pelo continente americano. Consigo ver espaços vastos e selvagens. Acho que já fui um Shaman, um verdadeiro Homem-Medicina. Fazia curas, contava histórias, cantava canções e dizia umas máximas. Entre umas coisas e outras, entrava em transe. Deve ser por isso que gosto tanto de Trip-Hop. Um portento.



Já agora: em vez de estar a escrever este post, devia ter estado a trabalhar. Pssst! Não digam nada, devo ter entrado em transe...

domingo, 11 de janeiro de 2009

Doze modelos cylon?


Os doze deuses da mitologia grega:

Zeus - o "chefe" supremo dos deuses, deus do céu e da chuva.
Poseidon - irmão de Zeus, deus do mar.
Hades - irmão de Zeus, deus do submundo.
Hestia - irmã de Zeus, deusa protectora dos laços familiares.
Hera - irmã e mulher de Zeus, deusa do casamento.
Ares - filho de Zeus e de Hera, deus da guerra.
Atena - filha de Zeus, deusa da sabedoria, inteligência e guerra justa.
Apolo - filho de Zeus e Leto, deus do Sol e da luz, da verdade, da profecia, da beleza, da medicina, da música, das artes, do tiro com arco...
Afrodite - filha de Zeus e Dione (numa das versões...), deusa do amor, desejo e beleza.
Hermes - filho de Zeus e Maia, é o mensageiros dos deuses.
Artemis - filha de Zeus e Leto, irmã gémea de Apolo, deusa da caça e da vida selvagem.
Hefesto - filho de Hera, deus do fogo, dos metais e da metalurgia, era o ferreiro dos deuses.

E se os doze cylons forem símbolos dos doze deuses gregos? Isso quer dizer que aquele que falta conhecer é uma mulher. Que era aliás uma das minhas teorias, mas ainda sem este suporte mitológico. E reparem... os "filhos" são sete... e os "pais" são cinco: os final five - três homens e duas mulheres...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A matemática e os engarrafamentos

Quem anda comigo no carro já deve ter apanhado com esta conversa algumas vezes. É verdade que o tráfego e o fenómeno dos engarrafamentos, que às vezes parecem aparecer do nada, me fascina; e já dei comigo várias vezes a pensar que devia haver um modelo matemático para estudar a coisa. A verdade é que os modelos existem de facto, sendo os estudos relativamente recentes. Existem universidades cujos departamentos de matemática ou física têm cientistas a estudar o fenómeno e existe uma Mathematical Society of Traffic Flow. Já me sinto melhor, não sou a única a sonhar com isto. Há mais geeks no mundo! Já não estou só! Muito interessante o Optimal Velocity Model e a Applet Java que o demonstra graficamente. No YouTube há um vídeo no canal da NewScientist que põe em prática aquilo que se vê na Applet:



Vão dizer-me: não é preciso um matemático para saber isto! Já sabia que era esta a causa dos engarrafamentos! Pois bem, então se sabem que a causa dos engarrafamentos é serem uma cambada de garganeiros na estrada, sempre a tentar preencher espaços para ninguém se pôr à vossa frente, e depois toca a botar pés ao travão... então esforcem-se por manter uma velocidade constante, mantendo a distância ao carro da frente regular. Quanto ao modelo matemático, é útil. Pode ajudar a prever se numa dada estrada vai haver engarrafamentos futuros, com base nos padrões de tráfego num dado instante. Que tal esta? Michael Schreckenberg e a sua equipa, da Universidade de Duisburg-Essen (Alemanha) já construíram um modelo capaz de fazer isto, no passado ano de 2004. Claro que depois de colocarem as previsões à disposição do público num site da internet, o sucesso foi tanto que houve quem começasse a planear as suas viagens a partir daí, o que afectou a veracidade das previsões. A arte de prever o futuro é difícil, mesmo para os matemáticos. Mas eles não desistem e tentam incorporar este efeito no modelo. Haja curiosidade e persistência. Tiro-lhes o chapéu.

domingo, 6 de julho de 2008

O wireless e as pipocas


Hoje é um dia histórico. Trata-se do dia em que, após algumas peripécias, tenho o meu novo modem/router wireless a funcionar em pleno. Pois é, meus caros. A partir de agora jamais saberão em que divisão da etérea casa estarei ao escrever os meus posts. A partir de agora, aquela imagenzinha que atravessava furtivamente o vosso subconsciente, de uma anja a teclar muito sossegadinha numa secretária em forma de nuvem, ficará definitivamente comprometida. Estarei em pé? Sentada? Deitada? Estendida? Nem tentem adivinhar!


Isto do wireless é muito giro. Poderá haver quem fique preocupado com tanta onda electromagnética a cruzar os ares, poderá haver quem fique preocupado com a perspectiva do seu cérebro estalar qual milho de pipocas, mas cá por mim, deixem lá as pipocas. O que interessa é que blogar jamais será a mesma coisa.


quinta-feira, 3 de julho de 2008

Diário de bordo, entrada 3808

(ano intergaláctico 15 mil milhões e um pouco)

Space... The final frontier...

A rotunda intergaláctica de Rana continua a ser palco de inexplicáveis e coincidentes fenómenos. Perdão, refraseio, não se podem tratar de meras coincidências, mas sim de coincidências verdadeiramente significativas, aquilo que Jung apelidou de sincronicidade. Talvez esteja a tornar-me aborrecida a falar de Jung, mas que querem!, cada um de nós tem um corpulantex hybridus dentro de si, embora na verdade, e não nos podemos esquecer disso, haja uns mais peludos do que outros.

Não sei se estão familiarizados com o conceito de sincronicidade, mas ele é fácil de entender. Há aliás uma história muito interessante que é considerada um óptimo exemplo para explicar o conceito: tem a ver com um pudim de ameixas, ou coisa no género, mas agora não me lembro muito bem. Procurem bem no google, que chegam lá. Basicamente, a sincronicidade tem a ver com eventos coincidentes, do tipo: estou eu no hipermercado da Via Láctea e ligam-me: "Olha, preciso de leite, e tal" - e não é que eu estava naquele momento a olhar para um pacote de natas da mimosa?! Natas = Leite coalhado. Hipermercado da Via Láctea. Estão a ver, não é? Assim vai a galáxia, cheia de eventos síncronos, que alguns teimam em ignorar. Mas não eu!

Ora hoje, logo pela aurora, sucedeu-me um desses eventos fenomenais. Deslocava-me eu na minha veloz e possante nave, e aproximava-me, já com o receio habitual, do ponto intergaláctico de Rana, quando me chama a atenção uma ronceira nave acinzentada, com dois seres alienígenas a bordo. O piloto esboçava um esgar algo despistado, mas o navegador, embora de mais pequena estatura, aparentava um aspecto sagaz: era de certeza o chefe. Eram eles. Aqueles que já se tinham tornado famosos na Via Láctea por terem transportado na sua nave o Professor Karamba, e estarem prestes a desvendar o segredo de Rana. Acenei entusiasmadamente. Nada. Ignoraram-me. E pronto, é esta a minha história. Que tem isto a ver com sincronicidade? Não sei bem, mas naquela altura estava a apetecer-me comer um pudim de ameixas, e acho que isso pode eventualmente explicar tudo.

terça-feira, 13 de maio de 2008

sábado, 3 de maio de 2008

A maldição

Não sou uma pessoa supersticiosa e não acredito em bruxas, pelo menos naquelas de verruga na ponta do nariz, de grande chapéu preto e de vassoura voadora. Mas lá que as há, há. Vem isto a propósito de um enguiço que o meu carro sofre constantemente. E não me venham cá com coisas. Poderia considerar que aquilo era uma simples avaria intermitente, não fosse ela acontecer sempre no mesmo sítio: na rotunda de S. Domingos de Rana. Aha! Apanhei-vos, não estavam à espera desta, verdade? Pois é, saio de manhã de casa, descansadinha da vida, no meu maravilhoso bólide negro, arrasando qualquer um pela estrada fora, causando invejas e suspiros de frustação pelo caminho, e vou confiante até chegar às portagens de Carcavelos. Nessa altura já o meu coração começa a ficar apertado: aproxima-se a primeira rotunda, e ao entrar na segunda, ali mesmo ao pé da PSP, ouve-se um clic!, e passo a sentir-me que nem uma camionista, conduzindo um camião de 20 toneladas. Começo a suar que nem doida só para girar nem que seja um ângulo de pi sobre dois radianos do volante. O pobre bólide está amaldiçoado. Arrasto-me vagarosamente, afasto-me da maldita terra o mais possível até poder ligar os quatro piscas e parar o carro. Desligo a ignição. Ligo novamente. Já está, acabou a avaria. Palpites precisam-se. Há por aí alguém de S. Domingos de Rana (ou de outra terra qualquer...) que me possa esclarecer sobre este assunto?

(Não, não, não! Isto pode parecer uma maneira de me convencer que a direcção assistida não está mesmo a avariar, e que não tarda nada terei que desembolsar uns cobres valentes para a reparar. Mas... caramba... porquê em S. Domingos de Rana???)