domingo, 30 de dezembro de 2007

A galeria dos meus vilões: os Borg - resistance is futile


Sendo o Star Trek uma série de ficção científica, nunca foi na realidade uma grande favorita minha. Na altura em que eu a vi na televisão pela primeira vez, a minha preferência ia para outra série, que se não me engano passou mais ou menos na mesma altura: Espaço 1999. Claro que, à falta de melhor, tudo se consome e portanto obviamente que acompanhei as aventuras do Capitão James T. Kirk, Mr. Spock e companhia. Muito mais tarde, já em DVD e por empréstimo, consumi os episódios da Next Generation, onde outra nave Enterprise era comandada pelo Capitão Jean-Luc Picard. Foi também aqui que conheci os Borg. Ora estes tipos são bastante assustadores. São mesmo uns vilões de primeira água, pois assimilam a malta contra a vontade, dizendo que é tudo para um bem maior, um bem para o colectivo. E adaptam-se facilmente a qualquer ameaça nova. Ufa! São mesmo do pior. Resistance is futile, lá diziam eles.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Regresso a Hellas Basin


Nikki caminhava no deserto, dando graças por ter o seu fato ainda em bom estado após o acidente com o Rover. Nem queria imaginar o que aconteceria se o fato se danificasse. Naquele momento o seu cansaço era tal, que já nem sentia as pernas. Simplesmente se arrastava, espalhando poeira vermelha a cada passo. Aquela paisagem árida que ao princípio a encantara, agora parecia persegui-la por todos os lados. Nem uma nesga de vida à sua volta. Atrás de si, para além de rochas vermelhas e pó, só um trilho de pegadas arrastadas que já ia longo. Olhou para trás por momentos e já ia prosseguir caminho quando ao longe distinguiu uma nuvem densa e alaranjada. Ajustou a viseira para conseguir uma melhor filtragem da luz solar. Uma tempestade, não. Não agora que já estava a chegar a Hellas. Não agora, com a maior parte dos sensores avariados, com a água a chegar ao fim e sem abrigo à vista. Juntou todas as suas forças e correu. Correu o mais que pôde, desenfreadamente, o vento forte já a fazer-se sentir. Tinha que chegar ao seu destino o quanto antes. Se aquela tempestade a envolvesse, nunca mais conseguiria sair dali. A última tinha durado cerca de um mês. Nikki corria, arfava e embaciava a viseira enquanto respirava, o que fazia com que não visse muito bem o caminho à sua frente. Ao longe mas cada vez mais perto, estava o seu abrigo. Cada vez mais perto, mais perto...

O cansaço foi demasiado. Nikki caiu. Quando abriu os olhos só via pó à sua volta e o vento era já muito forte. Olhou em frente e ainda conseguiu distinguir os contornos da sua nave. Um último esforço e partiria. Arrastou-se por mais uma centena de metros e accionou o comando da porta. Com o vento a fustigá-la, entrou a custo, sentou-se no lugar do piloto e ligou todos os painéis: os dados indicavam que ainda era possível sair dali. Suspirou de alívio. Estava salva. Tão cedo não a voltariam a apanhar em Marte.

Spaceship Gallery: Millennium Falcon


A nave do Han Solo, com modificações especiais feitas pelo próprio. O Luke Skywalker pode achar que é um pedaço de sucata, mas ela atinge velocidades superiores à da luz. Essa é que é essa.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

A minha prenda favorita

Não querendo manifestar ingratidão perante todos os que me presentearam este Natal, posso no entanto dizer que estas babes são mesmo a minha prenda favorita. Sim, sim, também quero paz e amor no mundo, mas enquanto isso não se concretiza vou desfrutar de um possante som 2.0 na minha workstation. Se há para aí algum fã dos sistemas 5.1 que povoam as lojas da especialidade e que depois povoam as nossas secretárias de fios por todos os lados, aconselho a ouvir o som destas meninas primeiro. É que por acaso é mesmo um espectáculo. E se os senhores da Logitech me quiserem mandar um prémio pela publicidade, estão à vontade. Sempre às ordens.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Bom Natal!


Para todos os que aqui passam, desejo um Natal angélico, daqueles mesmo dociiiinhos, dociiiinhos!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Time Jam

Quis postar isto ontem mas não consegui. Vamos ver se agora dá. É o trailer de uma série de animação (de 40 episódios, ao que parece) produzida em 2007 por franceses e japoneses.

Solstício de Inverno


Aconteceu hoje às 06:08 da manhã. Façamos um brinde: À Luz!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A galeria dos meus heróis: Valérian & Laureline


O agente espacio-temporal Valérian e a sua companheira de aventuras Laureline já mereciam figurar nesta galeria há muito tempo. Acompanho as suas aventuras há anos, tantos que alguns dos álbuns de banda desenhada já estão a ficar amarelitos. Está talvez na altura de se editar aqui em Portugal aquilo que já existe em França desde 14 de Setembro: L'Intégrale, Vol.1, contém os 3 primeiros álbuns da série. Obviamente mais volumes se seguirão.
Este ano foi editado um livro com a última aventura: Ordem das Pedras. Uma pergunta: porque raio a edição nacional é mais cara do que a francesa? Que cena irritante, né? Ééééé... Ééééé...

Lista completa dos álbuns no site do Mézières.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Covers (e o David Fonseca)

Diz a definição que uma cover version ou simplesmente cover é uma versão de uma canção previamente gravada. O sentido desta expressão é pejorativo para alguns, que consideram o original como a versão definitiva, que nunca deveria ser interpretada por outros.

Vem isto a propósito dum post da minha querida bisnaga janota, que já percebi que tem uma pequena embirração com o David Fonseca. Embirrações à parte (eu até gosto do rapaz, pá...), lembrei-me de algumas covers que dou graças a Deus por existirem.

Olhem só:

Dazed and Confused. Led Zeppelin, certo? Errado. Jake Holmes.
Layla. Eric Clapton? Nope! Derek and The Dominos.
Unchained Melody. Lembram-se dos Righteous Brothers? Não é deles. É de Les Baxter. Também gosto da versão do Elvis ou dos U2.
Tainted Love. Grande sucesso dos Soft Cell. Mas o original é de Gloria Jones.
Killing Me Soflty With His Song. Roberta Flack dixit. Mas primeiro disse Lori Lieberman.
Easy. Lionel Ritchie? Faith No More? Naaaa. The Commodores.
Black Magic Woman. Santana, claro. Népia! Fleetwood Mac.
Alabama Song. The Doors? Não. Kurt Weil.
American Woman. Lenny Kravitz. Ou será The Guess Who?

E pronto. Eu até gosto do David Fonseca, e confesso que prefiro ouvi-lo a cantar a ele o Rocket Man, em vez do Elton John. E também gosto dos Erasure, mas a versão do David Fonseca do A Little Respect, não tá nada mal, não senhores.

Vá, bisnaga, ouve lá um pouco desta musiquita do moço. Com um beijinho celestial da tua amiga Angel.

Beowulf (outra vez)

Angel vai ao cinema ver o Beowulf. Há que chegar rapidamente porque já só faltam 25 minutos para a sessão começar e alguém a espera com os bilhetes já comprados. Arrgghh! Onde estão os óculos? Não devia conduzir sem eles! Ok, não dá tempo, procuram-se depois. Vrrrrruuuuummmmm! Ihhhhhhh!! Caramba, obras! Fila. (...) Olho para o relógio. Fila (...) Toca o telemóvel. Tenho auricular, não vá acontecer-me o mesmo que a este meu amigo.
- Então, onde estás? Olha que está muito difícil estacionar aqui!
- Vou já, vou já! Estou a chegar, até já.
Acabaram as obras! Acabou a fila! Vrrrrruuuummmm! Ihhhhhh!! Bolas, fila para entrar no parque. (...) Olho para o relógio. Já está na hora. Fila. (...) Bolas, que raiva, porcaria de Natal! Voltas no parque. Lugar à vista (mesmo ao fundinho)! Estacionar. Procurar rapidamente os óculos outra vez. Nada. Fechar o carro. Tirar o auricular, segurando o telemóvel enquanto se caminha à chuva. Abrir chapéu de chuva. Vuuuuuuuuuuuuu!! O chapéu vira-se ao contrário. Angel encharca-se. Fecha o chapéu e corre! Siga! Angel corre sem olhar para o chão. Splaaaaaaaassshhhh! Arrrghh! Grande poça de água! Como é possível não a ter visto? Será que foi por não estar a olhar para o chão? Bloc, bloc, bloc, fazem os sapatos. Entro no centro e sigo para o cinema, que por momentos parecia não estar no sítio habitual. Já começou. Entramos à pressa. A chegada atrasada deu para ver o ar imbecil de toda a gente na sala com os óculos 3D. Foi giro. Bom, mas chegou a altura de nós próprios ficarmos com ar imbecil. Angel é brindada com uma actuação ao vivo dos U2 em 3D. Delicioso. Bono estende a mão. Ohhhh!! The Edge entra por nós adentro a tocar guitarra. Adam Clayton bombeia no baixo. E lá ao fundinho... sim! É Larry Mullen Jr.! Que pena não ter havido ali um efeito 3D mais intenso! Ao lado alguém resmunga: "Mas que raio, não paguei para isto! Nunca mais começa o filme?" Angel responde que até se achou presenteada com aquela actuação. Começa o filme. Muito giro. É uma história muito engraçada e bem contada. Ao meu lado, gostou-se mais foi duma certa personagem feminina. O comentário diz tudo: "Elah! Tás feito! A Lara Croft não dá abébias!" E pronto. Assim se assistiu ao Beowulf. Em 3D. Com os pés molhados. Sem dois pares de óculos postos, porque os meus habituais óculos, não me perguntem porquê, tinha-os enfiado no porta-bagagens do carro. A idade não perdoa.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Fight Club

Um filme fantástico, cheio de ideias muito boas, que agarra do princípio ao fim e que ainda por cima apanha desprevenido qualquer um no final. A banda sonora dos Dust Brothers é muito boa. A rever brevemente.

domingo, 16 de dezembro de 2007

O meu subsídio de Natal

É sabido (e se não sabiam passam a saber) que o meu carro é o menino dos meus olhos. Ora neste Natal, não podia deixar de dar uns sapatinhos novos ao meu ZE, que, coitadinho, andava necessitado. A jante mais linda de todas estradas dos arrabaldes não podia deixar de ter à sua volta um pneuzinho a condizer. Pneus do melhor (oh, oh...) com um enchimento da melhor qualidade. Sim, meus caros, eis la pièce de résistance: os pneus do meu ZE não levam qualquer enchimento... só admito, a partir de agora, azoto puro. Reparem no pormenor da foto: a tampinha verde indica que isto, meus caros, não é cá ar! O meu carro?! Ar nos pneus?! Naaaa... Não há cá misturas, meus amigos, elite é elite! Azoto, é que é! Como qualquer bólide de competição que se preze!


Aqui deixo uma foto de grande parte do meu subsídio de Natal, para a posteridade.
A seta verde indica o caminho do azoto aos mais distraídos...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Hiromi's Sonicbloom


Isto é Free Jazz... de ouvir e chorar por mais. É mesmo a sério, pasmem-se com esta senhora e estes senhores: Hiromi Uehara (piano, teclas), David Fiuczynski (guitarras), Tony Gray (baixo), Martin Valihora (percussão).
Time Out, do CD Time Control: ver e ouvir aqui porque o YouTube hoje está teimoso e não me deixa postar o vídeo.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Pulp Fiction: Royale with Cheese

Os diálogos de Vincent e Jules no filme de Quentin Tarantino, Pulp Fiction, são impagáveis.
Aqui fica um excerto do famoso diálogo sobre as "little differences" entre a Europa e os Estados Unidos da América.

- And you know what they call a... a... a Quarter Pounder with Cheese in Paris?
- They don't call it a Quarter Pounder with cheese?
- No man, they got the metric system. They wouldn't know what the fuck a Quarter Pounder is.
- Then what do they call it?
- They call it a Royale with Cheese.
- A Royale with Cheese. What do they call a Big Mac?
- Well, a Big Mac's a Big Mac, but they call it Le Big-Mac.
- Le Big-Mac. Ha ha ha ha. What do they call a Whopper?
- I dunno, I didn't go into Burger King.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Ele há dias...


... em que tudo parece desenrolar-se lenta e dificilmente. Em que as coisas se emaranham umas nas outras de tal forma que parecemos insectos a debatermo-nos enredados numa teia... E está frio, caramba, está frio...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A galeria dos meus heróis: Richard B. Riddick


Não sei se é por ser o protagonista de filmes de um dos meus géneros favoritos - a ficção científica -, não sei se é por causa daquela voz rouca à cantor de metal do Vin Diesel, se é por aquela musculatura toda ou por conseguir fazer aquele ar tão cool e impassível, o que é certo é que o Richard se tornou um membro desta minha galeria.

Apesar de todos os estereótipos que lá se possam encontrar, recomendo vivamente o visionamento de qualquer um dos filmes das Crónicas de Riddick. Entretenimento garantido.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Madonna - Frozen

Sobre gostos ecléticos

Há quem viva a vida por compartimentos. Passo a explicar: tal como numa prateleira de supermercado existem produtos arrumados de acordo com as características que possuem (massas: esparguete, fusilli, massa de fitas, cotovelinhos, estrelinhas, massa de letras; legumes: espinafres, bróculos, nabiças; carne: porco, vaca, perú, frango; lacticínios: leite, natas, iogurte), há pessoas que são incapazes de comer algo que não esteja situado no corredor das massas. Para estas pessoas não existe boa carne nem bons lacticínios. Só existe boa massa. O mesmo exemplo se pode dar para a secção de música de uma loja da especialidade. Há pessoas que só frequentam o corredor do heavy metal e hard rock, outras só olham para a música clássica, outras ainda só vêm o corredor da pop e outras só olham para o que aparece no corredor da música alternativa.

Ora o que eu quero dizer com isto é que para mim a vida seria uma grande chatice se só comessemos massa. Ou se só consumíssemos música pop. Cá por mim prefiro deambular pelos corredores e ir escolhendo aquela massa mais apetecível, a melhor carne, os legumes que parecem mais saborosos... ou escolher aquilo que mais me agrada no pop, no rock, na música clássica ou na alternativa. É claro que há géneros de produtos que frequentemente me agradam mais do que outros e quero com isto dizer que se calhar há corredores da loja de música onde vou parar mais vezes. Mas sou incapaz de ignorar os outros.

Vem isto a propósito de ter sido recentemente criticada, com um esgar de desprezo a acompanhar a crítica, por ter em cima da mesa um CD da Madonna ao lado de vários CD dos U2 e um CD da Cat Power. Ora bem... considero que não nos devemos deixar influenciar pelos rótulos que tanta gente gosta de colocar às coisas, e neste caso à música de um artista em particular. E em relação à Madonna (que era o que aqui parecia à pessoa em causa um produto do corredor errado), gostaria de dizer que esta senhora, não tendo uma grande voz, é uma senhora que dá frequentemente grandes shows, é capaz de produzir música de grande qualidade, tem muitos videoclips de óptimo bom gosto e tem um álbum do qual eu gosto particularmente, intitulado Ray of Light. E pronto, fico-me por aqui porque não tenho mais tempo para divagar sobre o assunto. Tenho o dito.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

David Sylvian - September

Álbuns que brilham: David Sylvian - Secrets of the Beehive


Datado de 1987, com letras poderosas, arranjos musicais lindíssimos e aquela voz suspirada, suave e profunda de David Sylvian a dar o tom nocturno, escuro e misterioso. Obrigatório ouvir. Intemporal.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

U2 - Electrical Storm

A propósito do filme Control de Anton Corbijn que fui ver recentemente e do qual gostei imenso, lembrei-me dos vídeos musicais deste realizador. Sempre muito originais, excelente fotografia... só dos U2 são vários. Mas este... como é possível que me tenha escapado? Aqui fica.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Deixem-me trabalhar!

Ora bem, tenho que trabalhar. Hummm... vou só dar uma espreitadela ao meu e-mail, pode lá estar qualquer coisa importante, ou ter muitas mensagens na caixa e alguém querer mandar qualquer coisa importante e vai-se a ver é devolvido. Tenho que ir ver o e-mail, não demora nada. Olha! Recebi uma mensagem com um vídeo do You Tube! Vou ver o que é... hahahaha! Que giro... isto fez-me lembrar que aqui há tempos pensei em vir procurar uma coisa aqui... o que era? Huummm... não me lembro. Deixa lá ir seguindo aqui uns links a ver se me lembro... lalalala... olha, este do Gato Fedorento, é genial! Vou ver outra vez... hehehehehe! Muito giro. Bom, tenho que ir trabalhar. Ora bem (olhando em volta)... esta secretária está cheia de papéis. Se calhar era melhor dar uma arrumadela a isto. Olha! Uma conta para pagar! É melhor tratar já disto, vou ao site do banco e está feito. Tic, tac, tic, tac... Pronto, já está. Vou só dar uma espreitadela aos meus blogues favoritos... Tic, tac, tic, tac...
Bom, agora é que é. Trabalho! Deixa só pôr uma musiquinha aqui para criar ambiente... (procurando folders e files)... isto estava a precisar de uma bela organização, estes ficheiros deviam passar para outra pasta... a este aqui faltam-lhe alguns atributos... epá! Este ficheiro classificado como música pop! Isto devia estar em alternative... caramba, vamos tratar disso e é já. Tic, tac, tic, tac... Bom, que estava eu aqui a fazer? Ah! Procurando música para dar um ambientezito de... trabalho... huummm... Ok, pode ser isto, Zero 7, ok, ok, ok. Trabalhemos. Ora bem, o ficheiro de que preciso está na pen azul. vamos a ela. Há quanto tempo não sincronizo isto com o pc? É melhor fazer isso, bolas. Não demora. Tic, tac, tic, tac... Feito. E o anti-spyware? E a limpeza do registo? Há tanto tempo que não corro isso... Vou tratar do assunto. Deixo isso a correr e entretanto como uma sandes... Tic, tac, tic, tac... (continua a tic-tacar).

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

The Cult - Lil' Devil

Há coisas que me caem no goto para sempre. Esta é uma delas. Se eu tiver 90 anos e não gostar disto, internem-me.

domingo, 2 de dezembro de 2007

A galeria dos meus heróis: Indiana Jones


Este é um dos meus favoritos. Pura aventura, pura boa disposição, o Indiana (Indy para os amigos) tem um espírito do qual todos nós gostaríamos de ter um pouco. E quem diz um pouco, diz um muito! Este meu herói vai regressar aos ecrãs de cinema em Maio de 2008, pelo menos nos Estados Unidos, com a nova aventura - Indiana Jones and The Kingdom of The Crystal Skull (O Reino da Caveira de Cristal, maybe). Não faço ideia para quando está prevista a estreia em Portugal, mas peço que não me façam esperar muito. Para já fica para rever a "triologia" existente: Os Salteadores da Arca Perdida, O Templo Perdido e A Grande Cruzada. Daqui até lá, tem que se fazer render. O site oficial da Lucasfilm vai tendo umas notícias para se irem acompanhando, tem fotos e vídeos para ver, mas fecha-se ainda em grande segredo sobre este último filme, pois ainda há muitas secções do site que indicam Coming Soon...

sábado, 1 de dezembro de 2007

A galeria dos meus vilões: os Nazgûl

Personagens da obra "O Senhor dos Anéis" de J.R.R. Tolkien, os nove Cavaleiros Negros, também conhecidos por Nazgûl, são completamente assustadores. Eles são criaturas que não pertencem nem ao mundo dos vivos, nem ao mundo dos mortos. Foram outrora nove reis humanos que sucumbiram à ganância e acabaram como servos do Senhor das Trevas, o temível Sauron, ficando para sempre ligados ao poder d'O Anel. No primeiro filme da triologia O Senhor dos Anéis de Peter Jackson eles aparecem, na minha opinião, na sua melhor forma. Estes Dark Riders ficam mesmo melhor é montados naqueles cavalos negros. Nada de dragões... A cena em que o Frodo Baggins foge deles pela primeira vez fez-me suster a respiração.


"The drums will shake the castle walls, the Ringwraiths ride in black, ride on."
Led Zeppelin, The Battle of Evermore

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Ilusionista

"From the moment we enter this life we are in the flow of it. We measure it and we mock it, but we cannot defy it. We cannot even speed it up or slow it down. Or can we? Have we not each experienced the sensation that a beautiful moment seemed to pass to quickly, and wished that we could make it linger? Or felt time slow on a dull day, and wished that we could speed things up a bit?"

The Illusionist, 2006



O Ilusionista de Neil Burger foi um daqueles filmes que me caiu mesmo bem. Desde a fotografia, passando pela música, pela sóbria interpretação do Edward Norton e pela fantástica interpretação do Paul Giamatti. Acabei de o rever: o DVD está a um preço muito acessível numa loja que não quero publicitar, mas cujo nome começa por f, acaba em c e tem as letras n e a no meio. É mais um filme em que o mundo é o da magia, ou melhor, desta vez trata-se de ilusão. Ou será que não? Nem tudo é o que parece...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Um mundo mágico

O mundo de Harry Potter, criado por J.K. Rowling exerce sobre mim, como todos os mundos mágicos, um enorme fascínio. Não tenho vergonha nenhuma de dizer que adorei e devorei todos os livros e que tenho visto todos os filmes da saga do jovem feiticeiro. A imaginação de J.K. Rowling é fértil e consegue criar para aquele mundo coisas que ficamos a pensar o quão fantástico seria que nós, simples muggles (criaturas não mágicas), lhes pudéssemos ter acesso. Claro que era óptimo poder ter aqui em casa, por exemplo, um pequeno elfo doméstico, fiel à sua ama e senhora, sempre pronto a realizar todas as tarefas para as quais fosse solicitado e sempre grato por desempenhar todos os serviços. Eu até prometo que o tratava imensamente bem. Também me dava jeito a varinha. Assim não precisava, por exemplo, de pagar aos senhores das Chaves do Areeiro para me virem aqui abrir a porta quando me esquecesse das chaves dentro de casa. Desde que também não me tivesse esquecido lá dentro da varinha, bastava brandi-la apontando à fechadura e dizer: Alohomora! e pronto, tudo estaria resolvido sem ter que desembolsar 50 mocas. Só estas duas vantagens, vejam lá se não valem ouro... Também não me importava de me deslocar numa vassoura, desde que tivesse auto rádio incluído, claro, mas tenho a certeza que não haveria qualquer problema em colocar esse extra na vassoura. Até podia ser uma vassoura da série Nimbus, não precisava sequer de ser uma Flecha de Fogo. Bom, mas adiante, o que me fez lembrar do Harry Potter e do seu mundo mágico foram aquelas fotografias que os feiticeiros têm. As fotografias no mundo dos feiticeiros têm vida. Os personagens mexem-se, dizem adeus, sorriem... é muito giro. Acho que é também esse o fascínio que a internet exerce sobre mim. Afinal nós, os muggles, também temos uma pitadinha de magia. Podemos aceder a um website, ler uma notícia, ver um vídeo, ler um artigo, ouvir música, falar com os amigos... é ou não é um mundo mágico?

David Bowie - Space Oddity

Todas as músicas contam histórias...

Space Oddity (David Bowie)

Ground Control to Major Tom
Ground Control to Major Tom
Take your protein pills and put your helmet on

Ground Control to Major Tom
Commencing countdown, engines on
Check ignition and may God's love be with you

Ten, nine, eight, seven, six, five,
Four, three, two, one, liftoff

This is Ground Control to Major Tom
You've really made the grade
And the papers want to know whose shirts you wear
Now it's time to leave the capsule if you dare

This is Major Tom to Ground Control
I'm stepping through the door
And I'm floating in a most peculiar way
And the stars look very different today

For here
Am I sitting in a tin can
Far above the world
Planet Earth is blue
And there's nothing I can do

Though I'm past one hundred thousand miles
Im feeling very still
And I think my spaceship knows which way to go
Tell me wife I love her very much she knows

Ground Control to Major Tom
Your circuit's dead, there's something wrong
Can you hear me, Major Tom?
Can you hear me, Major Tom?
Can you hear me, Major Tom?
Can you....

Here am I floating round my tin can
Far above the moon
Planet Earth is blue
And there's nothing I can do

domingo, 25 de novembro de 2007

Santana - Samba Pa Ti

Santana - Abraxas

Este é um blogue com muita música. Já falei aqui dos Led Zeppelin e de os ter ouvido pela primeira vez graças ao meu irmão. Agora vou dizer-vos que sempre que ouço Santana, me lembro da minha mana mais velha, que costuma fazer umas visitas aqui ao estaminé. Dos Santana, lembro-me sempre daquele fantástico vinil chamado Abraxas, que é considerado por muitos um dos melhores álbuns de todos os tempos.


Maninha: beijocas da pequena diaba angel ;) e deixo-te mais acima uma actuação dos Santana em Zagreb, em 1998, que descobri no You Tube.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

The Raveonettes - Love In A Trash Can

Mais uma das minhas favoritas. Directamente do You Tube para o arquivo.
As guitarras não estão o máximo? Tão rétro... :)
E o vídeo tem um mini-caixotinho!

Beowulf


Será que vale a pena ir ver isto ao cinema ou é melhor esperar para ver o DVD? É que a adaptação da lenda de Beowulf ao grande ecrã foi feita nem mais nem menos do que por Neil Gaiman (já dispensa apresentações aqui) e por Roger Avary (Pulp Fiction, entre outros). O filme é realizado por Robert Zemeckis e conta com a participação de Ray Winstone, Angelina Jolie, Anthony Hopkins... mas atenção, é um filme de animação CGI. Mas não é isto que me põe em dúvida, claro: adorei, por exemplo, o Final Fantasy. Acontece que parece que só vejo pessoal a bater no raio do filme... Huummm... ainda vou pensar no assunto.

Site oficial aqui.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A galeria das minhas heroínas: Lara Croft

Eu sei... vá, digam lá: já cá faltava. E é que faltava mesmo.
Este é um trailer do Tomb Raider Legend.

Em resposta a algumas solicitações...

... ficam feitas a partir de hoje algumas alterações, não de vulto, mas ainda assim alterações.

(1) Aparece no fundo da página, do lado direito, um pequenito contador;
(2) Dá-se a possibilidade aos excelentíssimos senhores leitores de comentarem a seu gosto (se o vosso gosto não for do meu gosto, armo-me em ditadora e censuro, claro);
(3) Inaugura-se a secção "No ciberespaço..." com links para blogues amigos, com a devida autorização dos autores (espera lá... oh Gil... eu simplesmente disse que te ia adicionar, mas acho que não te pedi! Posso? Olha, agora já está. Depois pago-te um copo).

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

El arte para los niños

Ella estaba sentada en una silla alta, ante un plato de sopa, que le llegaba a la altura de los ojos. Tenía la naríz fruncida y los dientes apretados y los brazos cruzados. La madre pidió auxilio:

-Cuéntale un cuento Onelio - pidió -, Cuéntale, tú que eres escritor.

Y Onelio Jorge Cardoso, esgrimiendo una cucharada de sopa, comenzó su relato:

- Había una vez una pajarita que no quería comer la comidita. La pajarita tenía el piquito cerradito, cerradito, y la mamita le decía: "Te vas a quedar enanita, pajarita, si no comes la comidita." Pero la pajarita no hacía caso a la mamita y no abría su piquito.

Y entonces la niña lo interrumpió:
- Que pajarita de mierdita - opinó.

Eduardo Galeano, El Libro de los Abrazos

domingo, 18 de novembro de 2007

The Doors - Riders On The Storm

Vem aí o mau tempo...

Riders on the storm
Riders on the storm
Into this house were born
Into this world were thrown
Like a dog without a bone
An actor out on loan
Riders on the storm

Theres a killer on the road
His brain is squirmin like a toad
Take a long holiday
Let your children play
If ya give this man a ride
Sweet memory will die
Killer on the road, yeah

Girl ya gotta love your man
Girl ya gotta love your man
Take him by the hand
Make him understand
The world on you depends
Our life will never end
Gotta love your man, yeah

Riders on the storm
Riders on the storm
Into this house were born
Into this world were thrown
Like a dog without a bone
An actor out alone
Riders on the storm

sábado, 17 de novembro de 2007

A galeria dos meus heróis: Rick Deckard


They don't advertise for killers in the newspaper. That was my profession. Ex-cop. Ex-blade runner. Ex-killer.

Rick Deckard

Personagem do filme Blade Runner (1982), Rick Deckard é interpretado por Harrison Ford. Este filme é um dos meus favoritos de sempre. É um daqueles casos em que o filme suplanta, na minha opinião, o livro no qual foi baseado.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

The power of songs

Do livro de Neil Gaiman, Anansi Boys (em Portugal Os Filhos de Anansi) deixo aqui um excerto. É logo o início.

"It begins, as most things begin, with a song.
In the beginning, after all, were the words, and they came with a tune. That was how the world was made, how the void was divided, how the lands and the stars and the dreams and the little gods and the animals, how all of them came into the world.
They were sung.
The great beasts were sung into existence, after the Singer had done with the planets and the hills and the trees and the oceans and the lesser beasts. The cliffs that bound existence were sung, and the hunting grounds, and the dark.
Songs remain. They last. The right song can turn an emperor into a laughingstock, can bring down dynasties. A song can last long after the events and the people in it are dust and dreams and gone. That's the power of songs."

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Donnie Darko Director's Cut Trailer

É curtinho. Só para abrir o apetite.

28 days... 6 hours... 42 minutes... 12 seconds


Este vai ser um dos próximos DVD a saltar da prateleira para dentro do leitor. Já estou com saudades de rever o Donnie Darko. O que me fez lembrar do filme nesta altura foi a banda sonora, que aliás foi o que me cativou logo na primeira cena quando o vi pela primeira vez. É engraçado que comprei este DVD por "arriscanço" puro. Não fazia a mínima ideia do que ia sair de dentro daquela caixinha. E de lá saíu uma agradável surpresa. Mais tarde fiquei a saber que o filme teve um grande azar com a altura escolhida para o lançamento nas salas de cinema dos Estados Unidos. Acontece que a sua estreia ocorreu numa altura ainda demasiado próxima dos atentados de 11 de Setembro (estreou em Outubro de 2001 nos Estados Unidos). E por coincidência há lá uma cena em que um avião se despenha... ora bem... o filme foi quase direitinho para DVD. Acho a história muito original. A banda sonora óptima. O Jake Gyllenhaal vai muito, muito bem.
Depois do filme pode dar-se um saltinho aqui, e ir seguindo as pistas (nunca pensei que este site ainda estivesse online!).
Agora vou procurar um trailer para botar mais acima...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Joy Division - She's Lost Control

Um vídeo feito por um fã, para celebrar a estreia do filme Control. O som está porreirinho.

Control


Alerta: o filme de Anton Corbijn sobre Ian Curtis, o malogrado vocalista dos Joy Division, chega às nossas salas de cinema já no próximo dia 15.
Estive a ler um artigo na revista Blitz sobre este filme e fiquei com a boca aguada. O que mais me impressionou no dito artigo foi a resposta emocional dos ex-membros da banda - Peter Hook (baixo), Bernard Sumner (guitarra e teclas) e Stephen Morris (percussão) - ao visionamento do filme, pois viram ali retratado todo o sofrimento que assolava Ian Curtis na altura do seu suicídio. Peter Hook afirma que lá para o fim do filme se sente como se alguém lhe tivesse arrancado o coração e começasse a pisá-lo. O filme teve uma distinção especial no festival de Cannes de 2007 - Caméra D'Or - e uma excelente recepção do público e da crítica. O trailer está disponível no site oficial. Por enquanto vejo o trailer, mas no fim de semana conto já ter visto o filme todinho.
E agora um pequeno aparte: achei um piadão a um comentário de um fã dos Joy Division no you tube, a propósito de um trailer que lá estava disponível. O tipo dizia qualquer coisa como: "Sabem o que realmente me irrita?" (Era mais: "You know what really pisses me off?") "É ver esta gente toda a comentar um filme que retrata a MINHA banda favorita!" Ah pois é. Olha, aqui está mais um comentário. Mas não te irrites, quem quer que sejas. O filme vai passar ao lado de muita, muita gente. E continua a haver um cantinho para aqueles que o irão apreciar na realidade.

domingo, 11 de novembro de 2007

Como quinar uma conquista

Aqui há tempos uma amiga minha andava interessada num determinado fulano. Os dois andavam então num jogo de toca e foge, toma-lá-não dá-cá e vice versa. Em conversa veio à baila o tema de como desbloquear a situação, que já se arrastava há algum tempo. Após longas considerações sobre o tema, concluímos que precisávamos da opinião de um gajo. Assim sendo, procedeu-se à consulta da dita entidade masculina supostamente especializada no assunto. A resposta foi pronta e definitiva: "Faz-lhe ciúmes. Mostra-te interessada noutro." Já não me lembro o que ela fez de seguida, se seguiu a dica ou não seguiu. O que interessa aqui é o seguinte: não me parece a mim que se esta táctica fosse aplicada por algum fulano à minha pessoa, surtisse algum efeito. Ou melhor, surtir efeito, surtia. Mas o mais provável era surtir o efeito precisamente oposto ao pretendido. Em qualquer jogo de conquista e sedução não há de facto regras definitivas. Cada um será como cada qual e não há maneira de controlar situações deste género. Pode dar certo... mas pode não dar. Pode ser assim... ou pode ser assado. Eu cá vou pela autenticidade. O que mais me agrada são mesmo as atitudes não pensadas, são as demonstrações espontâneas, é a essência verdadeira. Se temos que usar tácticas... isso é sinal que estamos definitivamente quinados.

A galeria dos meus vilões: Darth Vader


Os vilões podem exercer sobre nós um fascínio incrível. Por isso inauguro aqui hoje uma nova galeria, dedicada aos meus vilões favoritos. Que me desculpem, mas tinha mesmo que começar por aqui... Darth Vader é um vilão atormentado, cuja personalidade foi arrebatada pelo Lado Negro por ter amado descontroladamente. É um vilão com muito estilo.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Led Zeppelin - Parte 2

This is a song of hope...

Led Zeppelin - Parte 1

A propósito de música e dos gostos e influências musicais...
Os meus três irmãos são pessoal de uma geração diferente da minha, pois já andam por cá há uma década a mais do que eu. Foi portanto uma maneira de crescer engraçada em termos musicais (e não só) pois convivi com diferentes entusiasmos. Em minha casa ouvia-se muita música, desde a chamada clássica, passando pelo jazz, chegando ao rock que mais marcou a geração jovem dos anos 70, e depois, já por minha conta, o hard rock, o heavy metal (são fases, senhores), o pop e a música alternativa, gosto que se mantém até hoje. Sempre gostei e continuo a gostar de ouvir e conhecer coisas novas e sempre houve pessoas que me conseguiram entusiasmar com os seus próprios gostos musicais e dar-me a conhecer melhor esta ou aquela banda que mais apreciavam. Serve este post para render a minha homenagem aos Led Zeppelin, que conheci graças ao meu irmão e que apreciei ainda melhor graças a um tipo a quem alguém alcunhou um dia de Zaraplim e que segundo sei é um grande fã dos Zeppelin até hoje.
Não me vou alargar em considerações. Eles são GRANDES. E ainda mexem. No próximo dia 10 de Dezembro vão dar um concerto em Londres. O concerto estava originalmente marcado para dia 26, mas o Jimmy Page partiu um dedo e está em recuperação. Vejam mais informações aqui, mas não esperem arranjar bilhetes porque está esgotado... O concerto espera-se memorável, claro.
Se este post despertou saudades em alguém, vem aí mais uma colectânea - Mothership - que deve estar por aí a rebentar brevemente. Para mais informações seria melhor falarem com o Zaraplim, que ele informava-vos já, já :)
E para nos saciarmos um pouco... vejam o post mais acima...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Ainda os X-Files

Aqui fica um excerto do sexto episódio da segunda série dos X-Files, denominado "Ascension", que é um follow-up do episódio anterior. A agente Dana Scully tinha sido raptada por um tipo chamado Duane Barry, que se considerava um abductee (se não souberem o que isto significa, who cares) que planeava, segundo me lembro, que a Scully trocasse de lugar com ele.
Ora... tanta coisa para pôr aqui um excerto de um episódio que tem uma música do Nick Cave...

The Truth Is Out There


Ah, os X-Files... O Mulder e a Scully são uma parelha que vai ficar para a história e o seu criador, Chris Carter, teve uma ideia fantástica. Ainda me lembro de há uma dezena de anos atrás estar religiosamente em frente à tvi (sim, nessa altura a tvi passava séries a horas decentes, não era só novelas e morangos a toda a hora) às quintas feiras, às 23h (acho que era esta a hora) para assistir àquela que se tornou uma série de culto. Ora parece que vem aí uma sequela cinematográfica do filme The X-Files, que está neste momento em pré produção. Mais detalhes sobre o novo filme, embora poucos, encontram-se no site da IMDb. As filmagens começam já no próximo dia 10 de Dezembro e lá mais para o Verão de 2008 teremos filmezito. Vou aguardar, portanto. Cá por mim, espero muitas conspirações, com aliens à mistura. Não me desiludam.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

The Bird and The Bee

Again and again... é refrescante... viciante... quero ouvir again and again :)

sábado, 3 de novembro de 2007

James Bond em Naboo?

Engraçado... Quando vi o último filme da saga James Bond, o Casino Royale, pareceu-me que havia um local no filme que me era familiar. Quando o James está a convalescer após ter sido torturado (argh!) ele aparece numa espécie de casa de repouso que eu conhecia de algures... Naboo?! Vejam só:


Sim, sim, mais ao cantinho (podem não ter reparado nisto) estavam o jovem Anakin Skywalker e a Senadora Amidala, num tête-a-tête romântico:



Ao que parece, ambos os filmes (Casino Royale e Star Wars - Episódio II) têm de facto um mesmo spot de filmagens: Villa Balbianello, Lago Como, na Lombardia em Itália. Giro, não?

terça-feira, 30 de outubro de 2007

A galeria dos meus heróis: Jason Bourne

Eu sei que este tipo é um assassino. Mas foi apanhado numa teia e quis libertar-se, portanto tem desculpas. Temos também que admitir que é cheio de recursos. E ainda por cima é giro.

sábado, 27 de outubro de 2007

Missa e Futebol

Tenho dado comigo a pensar nas semelhanças e diferenças que existem entre uma missa e um jogo de futebol. É verdade que é raro ir à igreja, mas, pelo contrário, costumo ir de vez em quando a um estádio de futebol que é uma verdadeira catedral. E vejam só: que melhor lugar para sentir uma verdadeira comunhão com os outros do que este? Aqui encontra-se uma verdadeira comunhão de fé entre os adeptos, que são mais ou menos como beatas da igreja. Os adeptos recorrem frequentemente ao nome de Deus e do Seu Filho: "Oh valha-me Deus, c******!" ou "Jesus, que filho de um c*****!"
E também há aquela história do "Saudai-vos irmãos." Ora sucede que na igreja, esta parte da missa é sempre muito embaraçosa, porque as pessoas têm que cumprimentar os que estão à sua volta, mesmo que não os conheçam de lado nenhum. Num estádio de futebol esta parte é muito mais genuína. Basta uma bola entrar dentro das redes do adversário para que os adeptos comecem a cumprimentar efusivamente toda a gente que conhecem e que não conhecem. Há abraços, há palmadas nas costas, há palmas batidas noutras palmas. Uma festa. Uma verdadeira comunhão, é o que eu digo.
E os cânticos? Aposto que na igreja não há nenhum cântico dedicado a Jesus que o louve verdadeiramente, como por exemplo: "Campeãããõ, campeããão, Jesus é campeããão!" ou mesmo "Olé, olé, olé, Jesus, olé!" ou também "Ninguém pára Jesus, ninguém pára Jesus, ninguém pára Jesus, olé-ooooo!".
Isto sim, seria verdadeira fé.

sábado, 20 de outubro de 2007

Star Wars


E não é que o sabre de luz do Luke Skywalker está a bordo do Discovery e vai para o espaço no próximo dia 23?

Mais pormenores aqui.
May the force be with them!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

E a propósito de Sandman...

Lembrei-me do Mark Sandman e dos Morphine. Que falta que faz o Mark por cá. Fica aqui o Buena, como podiam ficar tantas outras músicas que os Morphine nos deixaram.

domingo, 14 de outubro de 2007

Lembrete


Para que não me esqueça de falar um dia sobre o Neil Gaiman e o seu fantástico The Sandman.
Para quando a adaptação cinematográfica?

A partida e o retorno

Sempre em mudança, sempre em rompimento com o passado. Sempre tentando deitar memórias desagradáveis no lixo. Ao contrário de outros escritos e textos deitados fora, rasgados ou queimados, aqui jaz pacificamente um passado digital, em forma de livro de colagens e recortes e em alegre convivência com o que se lhe seguirá. Desta vez, deixo o passado a conviver com o presente. Com nova roupagem, é certo. Para já. Outras se lhe seguirão. Basta eu andar por cá.

sábado, 19 de maio de 2007

O Cometa


Cometa McNaught, a vaguear nos Andes :) [Bariloche, Argentina]. Foto de Guillermo Abramson, em Janeiro de 2007.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Nightswimming

Nightswimming deserves a quiet night.
The photograph on the dashboard, taken years ago,
Turned around backwards so the windshield shows.
Every streetlight reveals the picture in reverse.
Still, it's so much clearer.
I forgot my shirt at the waters edge.
The moon is low tonight.

Nightswimming deserves a quiet night.
I'm not sure all these people understand.
It's not like years ago,
The fear of getting caught,
Of recklessness and water.
They cannot see me naked.
These things, they go away,
Replaced by everyday.

Nightswimming, remembering that night.
September's coming soon.
I'm pining for the moon.
And what if there were two
Side by side in orbit
Around the fairest sun?
That bright, tight forever drum
Could not describe nightswimming.

You, I thought I knew you.
You I cannot judge.
You, I thought you knew me,
This one laughing quietly underneath my breath.
Nightswimming.

The photograph reflects,
Every streetlight a reminder.
Nightswimming deserves a quiet night, deserves a quiet night.

REM, Automatic For The People, 1992

Ouvir e ver aqui

domingo, 8 de abril de 2007

Diálogo

O dia estava quase a terminar quando Jules bateu à porta. Do outro lado só o silêncio respondeu. Tentou novamente. Ouviu então um barulho suave de passos. Pés descalços na madeira, é certo. Uma pausa. A luz acendeu-se lá fora e os ferrolhos rolaram na porta. André abriu e deitou-lhe um olhar incrédulo: "Que fazes aqui, Jules?" Não respondeu. Olhou lá para dentro, como que a convidar-se a si própria para entrar. André abriu mais a porta e afastou-se, enquanto Jules passava por ele sem nada dizer. Ouviu a porta fechar-se atrás dela. Caminhou até à sala e sentou-se. Levantou os olhos e ficou a olhar em volta. André entrou na sala, impávido. Sentou-se também. Durante meia hora assim ficaram. Incapazes. O diálogo nunca tinha sido o seu forte. Demasiadas coisas escondidas, sentimentos reprimidos, medos sabe-se lá de quê. Jules quebrou finalmente o silêncio: "Dás-me água?" André levantou-se, desapareceu por momentos e voltou com um copo cheio. Estendeu-lhe o copo, sentou-se ao seu lado e assim ficaram.

sábado, 7 de abril de 2007

Avança

- Então, que me dizes? Avanço ou não?
- Hummm... parece que tudo é favorável neste momento. Tudo se alinha.
- Mas alinha-se para quê?
- Caramba, o que me perguntaste?
- Perguntei se avançava, mas tu disseste-me que tudo se alinhava, não disseste para quê...
- Se eu disse que tudo é favorável!...
- Bom, pode ser favorável para não avançar.
- Oh, pára com isso. Tudo é favorável no que diz respeito ao que perguntaste, como é óbvio. Tudo se alinha...
- É óbvio para ti, não para mim. Tudo se alinha. Ora se tudo se alinha pode ser para que as coisas prossigam como até aqui. Numa linha ininterrupta, que segue sempre na mesma direcção.
- Pára com a matemática, bolas!
- Bom, está bem. Ok. Tudo é favorável. O alinhamento. Estou a ver. Mas achas mesmo que avance?

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Nada como uma boa definição, ou um dia de pessimismo na vida

Esperança é... crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal.
E havia tanto para dizer sobre isto. Agora não tenho tempo.
Vejamos os vocábulos que traduzem o conceito em várias línguas:

Inglês : hope
Francês : espoir
Alemão : Hoffnung
Espanhol : esperanza
Italiano : speranza
Romeno : nădejde
Russo : надежда
Bósnio : nada

Ora aí está.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Dilemas

Olho para o telemóvel e escrevo uma mensagem. Mando ou não mando? Bom, vou guardá-la como rascunho. A mensagem está gira. Releio. Nada de mal, pura inspiração. Vou aguardar um sinal. Se às 22h30 não tiver vindo um sinal, não mando. É isso, um sinal. Mas que tipo de sinal devo aguardar? É um mistério, mas quando ele vier, sabê-lo-ei. Sim, é isso, devo reconhecê-lo quando o vir. Se não o reconhecer é porque não teve que ser e apago a mensagem. Faltam 10 minutos para as 22h30. Olho para o telemóvel. Olho para a televisão. Pego numa revista e folheio-a distraidamente. Uma mosca sobrevoa a minha cabeça e zune ao pé do meu ouvido esquerdo. Pás! Raios, falhei. Hummm, seria este o sinal? Uma mosca? Quereria ela dizer qualquer coisa? Que disparate, uma mosca... O Universo teria concerteza um melhor sinal para mandar do que uma mosca a zunir. Volto a olhar para a revista e tento concentrar-me, mas logo olho para o relógio que está à minha frente. 5 minutos. Aguardo um sinal em 5 minutos. Distraidamente olho para o topo da secretária e vejo uma pilha de papéis que tinha separado para reciclar. Amachuco uma folha: se a atirar para o cesto de papéis e acertar, mando a mensagem. Vum! falhei. Ok, esta não valeu. Vai outra: Vum! Em cheio! Ok, tenho que mandar a mensagem, portanto. Bom, mas na realidade isto foi batota, porque falhei à primeira. Hummm... 1 minuto para o derradeiro sinal, aquele não valeu, foi tudo inventado. Suspiro. Toca o telefone. Agora, não posso atender, caramba, estou a aguardar um sinal! O toque continua a ecoar. Olho para o relógio. Olho para o telemóvel. Faltam uns segundos... pronto, passou o tempo. A mensagem será apagada. Corro para o telefone e levanto o auscultador. Desligaram. Quem seria?

(Um post inspirado na experiência pessoal e nos passarinhos e vampiros do Gil)

sábado, 24 de fevereiro de 2007

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Coisas simples

Há alturas em que a vida nos absorve de tal maneira que nos esquecemos de realmente viver. De que precisaria eu realmente para conseguir viver um pouco mais? Não será a resposta simples? Não será simplesmente conseguir encarar tudo com autêntica simplicidade? Rio, choro, porque sim. Trabalho, durmo, sonho. Gosto de sonhar acordada e a dormir. Gosto de ir à varanda a meio da noite. Gosto do Sol quente e brilhante do dia. Gosto de andar de manga curta no Verão. Gosto de andar de carro com o vidro aberto. Gosto de tomar banho na praia. Gosto de enterrar os pés descalços na areia. Gosto de conhecer coisas novas. Gosto de sexo. Gosto de ouvir música. Gosto de ir ao cinema. Que mania dos porquês! O que interessam afinal os porquês? O que interessa é sentir. E viver.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

A galeria das minhas heroínas: Trinity

"I know why you're here, Neo. I know what you've been doing... why you hardly sleep, why you live alone, and why night after night, you sit by your computer. You're looking for him. I know because I was once looking for the same thing. And when he found me, he told me I wasn't really looking for him. I was looking for an answer. It's the question that drives us, Neo. It's the question that brought you here. You know the question, just as I did."
The Matrix, 1999

sábado, 20 de janeiro de 2007

Uma ribeira na floresta

A travessia

Lia olhou em volta, meia atordoada, sem qualquer ideia do que estava a fazer naquele lugar. Estava ao pé de uma ribeira, no meio de uma floresta e tinha uma sacola a tiracolo. Sentou-se na margem e abriu a sacola. Lá dentro tinha alguns frutos, um pergaminho, uma pedra azul brilhante e uma caixa de madeira, com desenhos gravados a ouro. Tentou abrir a caixa, mas estava fechada à chave. Procurou na sacola, em busca de uma chave que pudesse abrir a caixa. Nada. Virou a sacola do avesso e sacudiu-a. Nada. Voltou a pôr tudo lá dentro à excepção do pergaminho, que abriu e começou a ler. Apesar de ter muitas coisas escritas que Lia não entendia, era fácil de perceber que parte do conteúdo do pergaminho era um mapa para chegar a um castelo. Seria para lá que ela se dirigia? De qualquer forma parecia não ter muitas alternativas, portanto começou a tentar perceber em que lugar daquele caminho poderia ela estar. O caminho que estava desenhado no mapa só se cruzava com água duas vezes. Na Ribeira do Esquecimento e no Lago da Princesa. Aquela seria portanto a Ribeira do Esquecimento... Lia olhou melhor para o mapa e viu umas letrinhas minúsculas desenhadas ao lado da ribeira:

Se esta água quiseres usar
para a sede saciar,
duas vezes a Terra sobre si própria terá de girar
para que voltes a recordar.


Devia ter bebido daquela água. Mas agora isso não interessava, tinha mesmo que sair dali. Decidiu que fosse como fosse, o melhor era seguir o caminho indicado no mapa. Agora só precisava de atravessar a ribeira. O Sol estava alto no céu. Lia tinha que caminhar para Nascente. Sempre Nascente, até chegar ao Souto Real. Como a ribeira era pouco funda, Lia tirou os sapatos e iniciou a travessia.

domingo, 14 de janeiro de 2007

A galeria dos meus heróis: Wolverine

Este homem resolve tudo. Pode não ter o maior poder ou as melhores habilidades, mas é O homem para resolver todas as situações. E tê-lo em casa dava jeitinho. Pelo menos nunca mais precisava de usar um abre-latas.

Peter Murphy

Ainda canta... A voz é mais rouca, mas a profundidade é a mesma. É sempre bom de ouvir. Superb!

E já foi tantas vezes verdade

Shame, such a shame
I think I kind of lost myself again...

Dissolved Girl, Massive Attack

sábado, 13 de janeiro de 2007

Um pássaro azul

A Ribeira do Esquecimento

Lia olhou em volta, na expectativa. A pedra azul estava mesmo quente, mas não se vislumbrava nenhuma criatura da floresta. Estranho. Foi então que Lia olhou para os ramos da árvore que estava mesmo à sua frente e viu um pássaro azul que parecia observá-la. "Olá!" - disse o pássaro - "Suri, ao teu serviço." Lia nunca tinha imaginado que alguma vez na vida fosse falar com um pássaro, mas disse, titubeante: "Olá... eh... n-n-não sei para onde é Nascente... preciso de caminhar até à Ribeira do Esquecimento..." "Está bem. Dá-me só um pouco da tua maçã e depois segue-me." Lia estendeu a Suri a sua maçã, que ele debicou com vontade. A seguir esvoaçou pelo ar, e pôs-se a saltitar de ramo em ramo: "Vamos, está na hora!" Esvoaçando e saltitando, lá ia Suri, com Lia a segui-lo atentamente. Se ele se afastasse demais, Lia deixava de o ver no meio da névoa, por isso ela corria de vez em quando. Assim andaram durante bastante tempo e Lia já estava a ficar cansada. A dada altura, a névoa começou a dissipar-se e já se conseguia ver o Sol. Nessa altura Suri parou um pouco e esperou que Lia chegasse ao pé dele: "Olha, já não precisas de mim e também já estás perto da Ribeira. Segue este trilho, e chegarás onde queres. Boa sorte!" E voou para longe, sem sequer dar tempo a Lia para que dissesse qualquer coisa. Seguindo aquele trilho, começava a ouvir-se a água a correr. Lia chegou por fim à Ribeira, cansada e com sede. Debruçou-se sobre a corrente de água fresca e com as mãos em concha bebeu abundantemente enquanto simultaneamente arfava de cansaço. Quando acabou de beber, levantou-se e olhou em volta. Mas que diabo estava ela a fazer ali?

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

O pergaminho

O papel tinha um aspecto de velho pergaminho e continha, ao que parecia, indicações de como chegar ao Castelo, mas Lia não entendeu muito bem tudo o que lá estava escrito. Havia frases com indicações simples, mas também havia versos e desenhos. Bom, a primeira parte era simples. Havia que sair da caverna e caminhar na direcção do Nascente até chegar à Ribeira do Esquecimento. Lia guardou alguns frutos na sacola e resolveu pôr-se a caminho, mas assim que saiu da caverna deparou-se com um espesso manto de nevoeiro branco. Não se via um palmo à frente do nariz. Oh! Que fazer agora, se não via o Sol? Para onde seria Nascente? No dia anterior, quando seguia Chi acabou por distrair-se e desorientar-se um pouco. Lia parou, tirou uma maçã da sacola e começou a roê-la enquanto desdobrava o pergaminho, procurando respostas. Começou a ler as várias anotações. Às tantas deparou com um verso que dizia:

Se algum caminho não conseguires encontrar,
a pedra azul terás que segurar
e saltando no ar,
Suri terás que chamar.

Ai, ai. Saltar no ar? Aquilo era coisa de Chi. Gozão como era, devia estar algures a rir-se dela, a observá-la e a dar aquelas risadinhas, à espera de a ver fazer figuras ridículas. Suspirou, pegou na pedra e fechou-a na mão. Frio. Suspirou de novo. Deu um salto e gritou: "Suri!"
A pedra começou a aquecer dentro da sua mão fechada.

Uma vaga lembrança de Morfeu

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Um caçador e os seus cães

A caverna

A noite já estava a cair quando Chi e Lia entraram na caverna escavada na rocha. O archote iluminou o seu interior, que curiosamente não estava muito frio. Lá dentro encontrava-se o que parecia um abrigo: camas feitas com folhas secas, uma espécie de mesa e bancos. Em cima da mesa estava um cesto com frutos e havia também pão, peixe seco, um jarro e canecas. Chi colocou o archote num aro perto da entrada e acendeu uma vela que estava em cima da mesa. "Vem, Lia. Senta-te, come um pouco e depois descansa, pois amanhã tens o resto do caminho para fazer. Guarda a pedra que trazes contigo, é mágica." "Como sabias da pedra?" - inquiriu Lia. "Hihi! Hihi! O Chi sabe muita coisa, conhece a floresta e tem muitos amigos. Os amigos do Chi falam com ele e contam-lhe coisas. Viram-te a tirar a pedra do castanheiro, que aliás estava lá para isso mesmo. A pedra permite-te comunicar com os seres da floresta, como eu e outros de nós. Nunca sentiste que aquecia?" "Sim, às vezes fica quente, ou muito quente..." - respondeu Lia. "A pedra aquece quando estás na proximidade de uma criatura da floresta. Quando estás na posse dela, consegues ver-nos e falar connosco." - esclareceu. "Agora vem, vamos comer e beber!" Lia comeu e bebeu. O que estava dentro daquele jarro não era água, mas um néctar delicioso, que fez Lia ficar muito alegre e relaxada. Já não se sentia assim há muito tempo. Que maravilha! A sua mente toldou-se um pouco e foi deitar-se numa das camas de folhas onde adormeceu suavemente. Naquela noite Morfeu veio ter com ela como de costume, mas de manhã Lia não se lembrava bem para onde ele a tinha levado desta vez, só se lembrava de uma história sobre estrelas, um caçador e os seus cães. Lia acordou e olhou em volta. Chi tinha desaparecido, mas tinha deixado um papel em cima da mesa.