sexta-feira, 28 de março de 2008

O dia em que a minha multifunções morreu

Nota prévia: Qualquer semelhança entre este post e qualquer outro é pura coincidência.

Não sei ao certo, mas suspeito, que muita gente já passou o que eu passei com a minha impressora da HP. Num belo dia, geralmente AQUELE dia em que mais dela necessitamos, a nossa impressora dá o grito do ipiranga e resolve, pura e simplesmente, recusar-se a trabalhar. Melhor dizendo, a impressora "passa-se dos carretos" e aplico esta expressão no sentido literal. Os ruídos emitidos são assustadoramente agoniantes, os carretos rodam, rodam, rodam e os tinteiros andam desorientados dum lado para o outro, sem saber o que fazer da vidinha deles. Quando finalmente páram, todas as luzes de alarme se acendem, e a desgraçada da impressora informa que tem um atolamento de papel, coisa estranha, que acontece mesmo quando a dita não tem qualquer papel lá dentro, ou mesmo na calha de entrada. Bom, escusado será dizer que a agonia da impressora é imediatamente transmitida ao seu proprietário, neste caso em concreto, à sua proprietária. Fazem-se todos os testes possíveis e imaginários, perdem-se horas na tentativa de resolução do problema, mas tudo em vão. Há um atolamento de papel, embora não se saiba muito bem onde. Após desistência, e já em extremo desespero, procura-se a factura de compra, que, é claro, não está no sítio onde deveria estar. Dá-se o caso por perdido, pois embora a criatura esteja dentro do prazo de garantia, sem factura nada feito.

Mas, passado um tempo e já com mais calma, eis que se encontra a factura, exactamente no sítio onde se tinha procurado antes. É necessário aqui um parêntesis, pois continuo convencida da verdade de uma história que há muitos anos vi num episódio da Twilight Zone: existem uns homenzinhos incansáveis que criam previamente cada minuto futuro, replicando o mundo tal como era no minuto anterior. Nas nossas casas, colocam todos os objectos em cada sítio onde os tínhamos, mas, hélas, por vezes falham no seu serviço. E temos que admitir a verdade disto: os tipos esqueceram-se neste caso de, em dado minuto, colocar a factura no sítio. É óbvio. Felizmente devem ter reposto a realidade como ela devia ser, num qualquer minuto seguinte. Temos que os perdoar, pois é um trabalho muito difícil. Bom, adiante. Com factura, a coisa é diferente e a história está quase a acabar.

Eis que se liga para o suporte técnico da dita marca, onde somos atendidos por um simpático e diligente funcionário. Fazemos todos os testes que já tínhamos feito e mais alguns. É preciso um pano húmido para limpar os carretos, é preciso remover tampas da impressora que nunca tínhamos suspeitado que existissem, é preciso carregar em dois botões em simultâneo, ao mesmo tempo que seguramos uma ficha numa mão e o telefone na outra. Pronto, está resolvido: há um atolamento de papel e continuamos sem saber porquê.

Final feliz: a HP vem cá a casa trazer-me uma máquina nova. Quanto a esta, até posso atirá-la pela janela. Um bom dia a todos.

4 comentários:

MP disse...

Eu bem dizia que ligar para o suporte técnico da HP era uma boa ideia! Os técnicos são sempre uma grande ajuda para a resolução de problemas... mesmo quando não conseguem fazer nada de jeito :)

Enemy disse...

Angel, Angel...diz-me como consegues dissertar sobre o crash da tua HP desta forma...és realmente uma writer.
Já agora vai preparando a carteira...

Unknown disse...

Angel, dividimos as despesas dos funerais? Uma vez que os velórios estão consumados...

lara_1012 disse...

Huummm... para a impressora é um caixão e para a pen uma caixinha!