Em época de receber encomendas de livros escolares, suponho que os senhores dos CTT devem andar pelos cabelos. Só pedia que, por favor, não me ponham a mim pelos cabelos, porque de cabelos estou eu farta.
É muito fácil para qualquer pessoa entender os sistemáticos "enganos" dos senhores carteiros. É que há alturas em que não dá muito jeito subir escadas para entregar múltiplas encomendas postais. Compreendo, os livros são muitos e pesados. Por isso, a táctica do carteiro pode ser uma das seguintes:
1. Não leva a encomenda à porta no dia x. Vai daí, no dia y= x+1 deixa um aviso na caixa do correio, com data do dia anterior (ou seja, com data do dia y-1=x), a dizer que eu não atendi nesse bendito dia, logo, tenho que ir buscar a encomenda aos correios.
2. Não leva a encomenda à porta no dia x, mas deixa um aviso de que eu não atendi nesse mesmo dia (x), embora o aviso fique na caixa do vizinho (epá, enganei-me no andar, que chatice! - diz o carteiro lá para com ele), ou seja, o vizinho não atendeu porque não estava (aqui há que escolher bem o vizinho). Na melhor das hipóteses, o vizinho - que não estava - vê o aviso ao fim do dia e põe na minha caixa do correio, logo, tenho que ir buscar a encomenda aos correios.
Não sei se estão a ver que o final da história é sempre o mesmo - aquela parte de eu ter que ir buscar a encomenda aos correios.
É que eu só pedia uma de duas coisas: ou os senhores dos CTT assumem que não têm capacidade de entregar as encomendas à porta e limitam-se a mandar o aviso - já agora, a tempo e horas - ou então façam aquilo que lhes compete: entreguem a encomenda sempre que eu estiver em casa. Só não me façam é de parva.
3 comentários:
O teu prédio não tem elevador?
O meu tem, e talvez por isso tocam para fazer a entrega e aí já não podem recuar. Porém, havias de ver a cara com que desaguam no patamar, lívidos de terror: Entram inocentemente num elevador e carregam no botão; as portas fecham-se, e começam a sentir uma claustrofobia real - o interior, depois de fechada a porta de protecção em zig-zag fica minúsculo. Esperam que rapidamente o suplício chegue ao fim,mas o elevador desloca-se com grande lentidão e com vários ruídos estranhos. Quando com um solavanco, finalmente pára, a porta de protecção não se abre. Aí, o pânico instala-se, e olham em todas as direcções até que, já sem fôlego, percebem que a porta para sair é exactamente no lado contrário ao esperado. É com essa cara que desabam no patamar do 3º andar!...
Eu tenho uma alternativa e meia para fugir a esse tormento que é ir buscar aos correios e que passo a explicar. Quando sou eu quem dá a morada, ponho a daquele lugar onde há sempre alguém em tempo útil: a da escola.
Quando não posso, deixo um bilhete na porta, a dizer: "senhor carteiro, deixe a encomenda ao senhor Manel da mercearia, obrigada", que eu sou bem educada. Felizmente, o carteiro nem precisa de ler o bilhete.
Eu sabia que havia carteiros muito destemidos e cumpridores! O meu prédio é muito suis generis. Só de entrar nele os carteiros ficam logo baralhados :)
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