segunda-feira, 21 de abril de 2008

Os "enganos" dos senhores dos CTT


Em época de receber encomendas de livros escolares, suponho que os senhores dos CTT devem andar pelos cabelos. Só pedia que, por favor, não me ponham a mim pelos cabelos, porque de cabelos estou eu farta.
É muito fácil para qualquer pessoa entender os sistemáticos "enganos" dos senhores carteiros. É que há alturas em que não dá muito jeito subir escadas para entregar múltiplas encomendas postais. Compreendo, os livros são muitos e pesados. Por isso, a táctica do carteiro pode ser uma das seguintes:

1. Não leva a encomenda à porta no dia x. Vai daí, no dia y= x+1 deixa um aviso na caixa do correio, com data do dia anterior (ou seja, com data do dia y-1=x), a dizer que eu não atendi nesse bendito dia, logo, tenho que ir buscar a encomenda aos correios.

2. Não leva a encomenda à porta no dia x, mas deixa um aviso de que eu não atendi nesse mesmo dia (x), embora o aviso fique na caixa do vizinho (epá, enganei-me no andar, que chatice! - diz o carteiro lá para com ele), ou seja, o vizinho não atendeu porque não estava (aqui há que escolher bem o vizinho). Na melhor das hipóteses, o vizinho - que não estava - vê o aviso ao fim do dia e põe na minha caixa do correio, logo, tenho que ir buscar a encomenda aos correios.

Não sei se estão a ver que o final da história é sempre o mesmo - aquela parte de eu ter que ir buscar a encomenda aos correios.

É que eu só pedia uma de duas coisas: ou os senhores dos CTT assumem que não têm capacidade de entregar as encomendas à porta e limitam-se a mandar o aviso - já agora, a tempo e horas - ou então façam aquilo que lhes compete: entreguem a encomenda sempre que eu estiver em casa. Só não me façam é de parva.

3 comentários:

zorbas disse...

O teu prédio não tem elevador?
O meu tem, e talvez por isso tocam para fazer a entrega e aí já não podem recuar. Porém, havias de ver a cara com que desaguam no patamar, lívidos de terror: Entram inocentemente num elevador e carregam no botão; as portas fecham-se, e começam a sentir uma claustrofobia real - o interior, depois de fechada a porta de protecção em zig-zag fica minúsculo. Esperam que rapidamente o suplício chegue ao fim,mas o elevador desloca-se com grande lentidão e com vários ruídos estranhos. Quando com um solavanco, finalmente pára, a porta de protecção não se abre. Aí, o pânico instala-se, e olham em todas as direcções até que, já sem fôlego, percebem que a porta para sair é exactamente no lado contrário ao esperado. É com essa cara que desabam no patamar do 3º andar!...

Unknown disse...

Eu tenho uma alternativa e meia para fugir a esse tormento que é ir buscar aos correios e que passo a explicar. Quando sou eu quem dá a morada, ponho a daquele lugar onde há sempre alguém em tempo útil: a da escola.
Quando não posso, deixo um bilhete na porta, a dizer: "senhor carteiro, deixe a encomenda ao senhor Manel da mercearia, obrigada", que eu sou bem educada. Felizmente, o carteiro nem precisa de ler o bilhete.

lara_1012 disse...

Eu sabia que havia carteiros muito destemidos e cumpridores! O meu prédio é muito suis generis. Só de entrar nele os carteiros ficam logo baralhados :)