sexta-feira, 25 de abril de 2008
O fim da Cidade Perdida
A zona de restauração do Centro Colombo, denominada Cidade Perdida, era uma das áreas que me agradava naquele centro comercial. Não estou a pensar naquela área atulhada de pessoas num qualquer fim de semana ou feriado, pois isso não é uma imagem muito agradável, estou a pensar no ambiente visual pensado inicialmente para aquele espaço. Não sou especialista na matéria, ao contrário da amiga janota, mas sei distinguir aquilo que me agrada daquilo que não me agrada. E dantes agradava-me o facto daquela zona ter sido pensada como uma cidade em ruínas. Viam-se colunas semi-destruídas, zonas com azulejos e outras sem eles, heras a trepar pelas colunas, bocados de chão com tijoleira e outros sem nada, enfim, quem conhece e reparou nos pormenores, sabe do que falo. Todos os acabamentos daquele espaço davam uma sensação de destruição e decadência, mas, apesar de se tratar de um centro comercial, tinham a sua beleza, ou pelo menos, eu conseguia descortinar ali alguma beleza. Juntava-se àquilo o contraste daquele écran gigante, passando excertos de vídeos musicais, desportivos e publicidade, e eu sentia-me, confesso, um pouco mergulhada no ambiente decadente do Blade Runner. Ora quem foi recentemente a este centro comercial reparou concerteza que há obras no local. As colunas semi-destruídas já eram: agora temos umas colunas com um aspecto liso e estilizado, de madeira folheada e com uns suportes metálicos. As escadas em caracol que desciam até à porta da fnac - uma espécie de escadaria que levava ao Éden, portanto - e que antigamente eram em tijoleira, agora são em mármore preto brilhante. Quem terá pensado aquela renovação? As obras continuam, mas não estou a ver que vá sair dali algo de bom. O que saiu até agora não é bom de certeza. Eu chamar-lhe-ia uma grande bimbalhada, mas quem sou eu...
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3 comentários:
E eu que pensava que nos ias brindar com um comentário ao renovado Blade Runner...
Este blog não tem uma cena a dizer -20 online? ou 3 online?
Eu sei o que é: é uma febre que dá às pessoas e que lhes dá para desatar a remodelar coisas que não precisam de alteração e a espalhar o mau gosto a torto e a direito.
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