segunda-feira, 8 de junho de 2009

Perdida



Não deixa de ser curioso que num dos meus momentos de menos entusiasmo e inspiração, os caros amigos leitores vão, ainda assim, comentando os posts deste estaminé.

Sou muito dada a fases, no que a interesses diz respeito. Neste momento, terminada (momentaneamente) a gloriosa obsessão que foi a nova Battlestar Galactica e após meses de mergulho profundo no universo galáctico-mítico-místico e excelentemente re-imaginado de Ronald D. Moore, dedico-me a um mergulho a menor profundidade na ilha onde foram parar os náufragos do vôo 815 da Oceanic.

Refiro-me, como já perceberam, à série LOST (ou Perdidos, como por cá se lhe chama).
LOST é uma história que roda à volta de sobreviventes de um desastre de aviação que se vêem presos numa ilha tropical na qual o seu avião se despenha. A ilha revela-se um lugar cheio de mistérios, desde a presença de ursos polares e de um misterioso "monstro" de fumo negro que ruge e sussurra, até a descoberta de intrigantes infra-estruturas que denunciam a presença de mão humana numa ilha até então considerada virgem.

Mas mais do que isso, LOST é uma história sobre personagens e percursos de vida que temos vindo a descobrir que se entrecruzam e se influenciam mutuamente. O recurso a constantes flashbacks que nos vão mostrando como era a vida dos personagens antes da vida na ilha acaba por revelar que os sobreviventes, até então desconhecidos, estão na verdade ligados por vários elos de conhecimentos e percursos. A série explora a Teoria dos Seis Graus de Separação, que nos diz que no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. O senso comum já diz há muito tempo que o mundo é pequeno.

LOST tem uma longa lista de nomeações e vitórias nos prémios para televisão, em várias categorias, desde a realização, argumento, casting, actores, música, efeitos visuais e por aí fora.

No meu caso, vi há alguns anos atrás o episódio piloto que me agarrou de imediato, e infelizmente não tive a oportunidade de seguir regularmente a série na televisão. Como me apercebi que a sequência e os pormenores eram importantes, resolvi adiar o visionamento para DVD. Neste momento apanhei o comboio (ou o avião!) até ao fim da terceira temporada e início da quarta. Nos Estados Unidos da América terminou há pouco tempo a quinta temporada e inicia-se a sexta e última no início de 2010. Aqui em Portugal sei que também já passou ou está a passar a quinta temporada. Tentarei então acompanhar este mistério até ao final, esperando que a série não me desiluda, o que não aconteceu até ao final da terceira temporada. Já o início da quarta ainda não me convenceu. Vejamos o que aí vem de seguida.

Ao bom estilo de LOST, faço então um flashback até ao final do primeiro parágrafo para lhes dizer: thank you, namaste and good luck.

2 comentários:

Gil Duarte disse...

Como nunca vi muitos episódios seguidos do LOST mas, conforme calhava, um aqui, outro ali, habituei-me a pensar nessa série como aquela em que nunca percebia nada, nem quem eram eles, nem o que faziam ali, nem que estranhas relações havia entre eles, nem por que raio uma ilha deserta estava, de repente, tão sobrelotada, nem por que razão insistiam em ir de quinze em quinze minutos accionar uma máquina que não sabiam para que servia ou o que fazia, nem...

lara_1012 disse...

Essa parte do botão também é muito interessante, porque nem eles próprios sabem a razão de terem que accionar o botão quando o começam a fazer. Apenas lhes é transmitido que terão que o fazer de 108 em 108 minutos, com o objectivo de "salvar o mundo". É claro que se geram facções: aqueles que acham que é simplesmente ridículo continuar a fazê-lo porque a informação será um embuste, aqueles que receiam não o fazer pois a informação pode ser verdadeira e aqueles que o fazem num simples acto de fé.