sábado, 27 de junho de 2009
A galeria dos meus heróis: Sayid Jarrah
Porque é que este homem faz parte da minha galeria, perguntam vocês? E eu respondo: é uma das personagens mais interessantes da série LOST. Ex-Oficial de Comunicações na Guarda Republicana do Iraque, Engenheiro, ex-torturador, mas sempre torturado por memórias dessa fase da sua vida, Sayid é aquele a quem todos recorrem quando querem resolver uma situação complicada. Ele pode não ser o líder do grupo, mas é uma pessoa que o líder quer sempre por perto, pois tem sempre uma sugestão pertinente ou uma observação sensata a fazer. Inteligente, cheio de engenho, prestável, seguro, calmo e ponderado, embora também impetuoso e explosivo quando mexem com alguém que lhe é querido. Aí, cuidado com ele! A amargura de perder a sua amada e a manipulação de que é alvo acabam por levá-lo a tornar-se um assassino em sofrimento, na senda da vingança. O que trará o futuro a Sayid Jarrah? Aguardo a temporada final da série. Não se atrevam a não lhe dar uma conclusão à altura!
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Velhos tempos
As coisas que se descobrem no YouTube... e a minha parte está marcada e tudo...
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Mi piace anche l'italiano :)
segunda-feira, 22 de junho de 2009
A Triologia Nikopol
Foi difícil de encontrar à venda, mas finalmente lá consegui. O empregado da loja dizia-me que não havia edição em português, mas eu tinha a sensação que já a tinha visto algures e de facto era verdade. A edição é de 2005 e o livro é a banda desenhada de Enki Bilal que dá pelo nome de A Triologia Nikopol e que contém três histórias: A Feira dos Imortais, A Mulher Armadilha e Frio Equador. A triologia levou 12 anos a completar, enquanto Bilal perseguia uma carreira como realizador.
A Editora (ASA) descreve assim o livro:
"A Feira dos Imortais", "A Mulher Armadilha" e "Frio Equador" são os três títulos que compõem esta magnífica trilogia de ficção científica. Corre o ano de 2023 e Paris está em ebulição. Agora que eleições manipuladas estão prestes a reconduzir o governo do fascista Jean Ferdinand Chou Blanc, uma nave espacial em forma de pirâmide aparece no céu parisiense. A bordo encontram-se misteriosas divindades egípcias dirigidas pelo imortal Anubis. Ao negociar combustível para prosseguir viagem, o governador Chou Blanc exige-lhes como moeda de troca, nada mais, nada menos do que a imortalidade ou, pelo menos, alguns séculos de vida suplementar. Anubis recusa, tanto mais que um dos seus, o poderoso Horus, desapareceu… Com um cenário futurista pouco encorajador, com lugar para fascistas, divindades mitológicas e para um astronauta do século XX – Alcide Nikopol – esta trilogia é uma obra incontornável da BD de ficção científica.
O próprio Bilal adaptou e realizou o filme (que é o seu terceiro filme) de nome Immortel (ad vitam), baseado nesta triologia. No filme, a acção "ao vivo" é combinada com efeitos CGI. Já vi o filme e recomendo. Encontrá-lo-ão para alugar, mas não sei se ainda existe à venda. Embora não muito bem cotado na IMDb, é um must see para apreciadores da ficção científica, a fazer lembrar The Fifth Element de Luc Besson e Brazil de Terry Gilliam. Poderei descrevê-lo como ficção científica... com um toque de mitologia egípcia. Obra de arte? Eu acho definitivamente que sim.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Spam Or No Spam?
Nos dias que correm, não tenho muito tempo para mandar e-mails. Recebo e mando bastantes, mas são de trabalho e quanto aos de "entretenimento" - chamemos-lhes assim - há fases em que nem tenho tempo de abrir tudo o que recebo. Deste último tipo de e-mails, alguns têm o destino marcado directamente para o lixo e fico espantada, porque...
1) ...não consigo perceber como ainda há pessoas que acreditam que vão receber dinheiro da nokia, da microsoft ou do raio que as parta por reeencaminhar e-mails para 320 destinatários;
2) ...não consigo perceber como há pessoas que ainda reencaminham a variante número 3547 da história de fazer chorar as pedrinhas da calçada sobre a criancinha que necessita de sangue ou de medula... e reencaminham para 320 destinatários;
3) ...não consigo perceber como há pessoas que ainda acreditam em histórias do género spray maléfico que atordoa os outros em 5 segundos com o objectivo de lhes roubar um rim, um fígado, ou coisa que o valha;
4) ...não consigo perceber como as pessoas aguentam apresentações powerpoint inteirinhas com músicas do Richard Clayderman e as mesmas fotos que estavam na outra apresentação que receberam ontem, com o "Imagine" do John Lennon. Ah, e com música sempre com um som particularmente mau;
5) ...não consigo perceber como não se indignam com e-mails que nos ameaçam com má sorte e morte certa se não seguirmos exactamente as instruções: mandar para os mesmos 320 destinatários referidos em 1) e 2);
6) ...não consigo perceber como as pessoas não percebem que o planeta Vénus (ou seria Marte? Já não me lembro...) não pode aparecer no céu nocturno com o mesmo tamanho da Lua.
Devo estar a esquecer-me de algum caso-tipo, mas deste género, garanto-lhes: na minha caixa do correio têm morte certa. As apresentações powerpoint ainda podem ter o benefício da dúvida, mas assim que identifico o tipo, só duram uma foto e o primeiro acorde da música roufenha.
Posto isto, porque me lembrei dos e-mails? Convém dizer que foi por ter recebido um do género exactamente oposto: daqueles que valem mesmo a pena. E porque valeu mesmo a pena, aqui fica a sugestão de viagem virtual.
1) ...não consigo perceber como ainda há pessoas que acreditam que vão receber dinheiro da nokia, da microsoft ou do raio que as parta por reeencaminhar e-mails para 320 destinatários;
2) ...não consigo perceber como há pessoas que ainda reencaminham a variante número 3547 da história de fazer chorar as pedrinhas da calçada sobre a criancinha que necessita de sangue ou de medula... e reencaminham para 320 destinatários;
3) ...não consigo perceber como há pessoas que ainda acreditam em histórias do género spray maléfico que atordoa os outros em 5 segundos com o objectivo de lhes roubar um rim, um fígado, ou coisa que o valha;
4) ...não consigo perceber como as pessoas aguentam apresentações powerpoint inteirinhas com músicas do Richard Clayderman e as mesmas fotos que estavam na outra apresentação que receberam ontem, com o "Imagine" do John Lennon. Ah, e com música sempre com um som particularmente mau;
5) ...não consigo perceber como não se indignam com e-mails que nos ameaçam com má sorte e morte certa se não seguirmos exactamente as instruções: mandar para os mesmos 320 destinatários referidos em 1) e 2);
6) ...não consigo perceber como as pessoas não percebem que o planeta Vénus (ou seria Marte? Já não me lembro...) não pode aparecer no céu nocturno com o mesmo tamanho da Lua.
Devo estar a esquecer-me de algum caso-tipo, mas deste género, garanto-lhes: na minha caixa do correio têm morte certa. As apresentações powerpoint ainda podem ter o benefício da dúvida, mas assim que identifico o tipo, só duram uma foto e o primeiro acorde da música roufenha.
Posto isto, porque me lembrei dos e-mails? Convém dizer que foi por ter recebido um do género exactamente oposto: daqueles que valem mesmo a pena. E porque valeu mesmo a pena, aqui fica a sugestão de viagem virtual.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Sonho ou pesadelo?
Acabo de tomar banho, e tocam à porta. Ainda de toalha enrolada na cabeça, vou atender hesitantemente. Qual não é o meu espanto ao reconhecer um ex-namorado, que traz nos braços um tabuleiro cheio de roupa por passar. Nada diz sobre o tabuleiro, mas invade-me a casa, e após largar o tabuleiro, beija-me apaixonadamente. Meia abananada, digo-lhe que tenho que me despachar, pois tenho reunião de condomínio. Ele não se importa e vagueia pela casa. Ouço-o ao longe a dizer qualquer coisa que não entendo, mas o som vem do escritório. Aproximo-me da porta do dito, e vejo uma caixa de madeira aberta, depositada no sofá. Da caixa vem uma luz estranha. Aproximo-me e vejo que a caixa está recheada de chocolates em barra, bem arrumadinhos: mars, snickers, bounty, twix... Uma das barras está fora do sítio, e por baixo dela vem a luz e agora a voz dele, cada vez mais longínqua: vou dar uma volta e já venho!
Sigmund, onde estás quando és preciso, pá???
Sigmund, onde estás quando és preciso, pá???
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Perdida
Não deixa de ser curioso que num dos meus momentos de menos entusiasmo e inspiração, os caros amigos leitores vão, ainda assim, comentando os posts deste estaminé.
Sou muito dada a fases, no que a interesses diz respeito. Neste momento, terminada (momentaneamente) a gloriosa obsessão que foi a nova Battlestar Galactica e após meses de mergulho profundo no universo galáctico-mítico-místico e excelentemente re-imaginado de Ronald D. Moore, dedico-me a um mergulho a menor profundidade na ilha onde foram parar os náufragos do vôo 815 da Oceanic.
Refiro-me, como já perceberam, à série LOST (ou Perdidos, como por cá se lhe chama).
LOST é uma história que roda à volta de sobreviventes de um desastre de aviação que se vêem presos numa ilha tropical na qual o seu avião se despenha. A ilha revela-se um lugar cheio de mistérios, desde a presença de ursos polares e de um misterioso "monstro" de fumo negro que ruge e sussurra, até a descoberta de intrigantes infra-estruturas que denunciam a presença de mão humana numa ilha até então considerada virgem.
Mas mais do que isso, LOST é uma história sobre personagens e percursos de vida que temos vindo a descobrir que se entrecruzam e se influenciam mutuamente. O recurso a constantes flashbacks que nos vão mostrando como era a vida dos personagens antes da vida na ilha acaba por revelar que os sobreviventes, até então desconhecidos, estão na verdade ligados por vários elos de conhecimentos e percursos. A série explora a Teoria dos Seis Graus de Separação, que nos diz que no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. O senso comum já diz há muito tempo que o mundo é pequeno.
LOST tem uma longa lista de nomeações e vitórias nos prémios para televisão, em várias categorias, desde a realização, argumento, casting, actores, música, efeitos visuais e por aí fora.
No meu caso, vi há alguns anos atrás o episódio piloto que me agarrou de imediato, e infelizmente não tive a oportunidade de seguir regularmente a série na televisão. Como me apercebi que a sequência e os pormenores eram importantes, resolvi adiar o visionamento para DVD. Neste momento apanhei o comboio (ou o avião!) até ao fim da terceira temporada e início da quarta. Nos Estados Unidos da América terminou há pouco tempo a quinta temporada e inicia-se a sexta e última no início de 2010. Aqui em Portugal sei que também já passou ou está a passar a quinta temporada. Tentarei então acompanhar este mistério até ao final, esperando que a série não me desiluda, o que não aconteceu até ao final da terceira temporada. Já o início da quarta ainda não me convenceu. Vejamos o que aí vem de seguida.
Ao bom estilo de LOST, faço então um flashback até ao final do primeiro parágrafo para lhes dizer: thank you, namaste and good luck.
sábado, 6 de junho de 2009
Radiohead: Nude
E agora, para algo completamente diferente.
Instruções:
1. Colocar os auscultadores.
2. Diminuir a intensidade luminosa do ambiente.
3. Carregar em play.
4. Fechar os olhos para apurar a audição.
Nota: Poderá executar estes passos por qualquer ordem, mas se fechar os olhos em primeiro lugar, os outros são mais difíceis de executar. Se carregar em play antes de colocar os auscultadores, perde parte da experiência. Se diminuir a intensidade luminosa em primeiro lugar, pode não ver os auscultadores. Etc...
Don't get any big ideas
they're not gonna happen
You paint yourself white
and fill up with noise
but there'll be something missing
Now that you've found it, it's gone
Now that you feel it, you don't
You've gone off the rails
So don't get any big ideas
they're not going to happen
You'll go to hell for what your dirty mind is thinking
Instruções:
1. Colocar os auscultadores.
2. Diminuir a intensidade luminosa do ambiente.
3. Carregar em play.
4. Fechar os olhos para apurar a audição.
Nota: Poderá executar estes passos por qualquer ordem, mas se fechar os olhos em primeiro lugar, os outros são mais difíceis de executar. Se carregar em play antes de colocar os auscultadores, perde parte da experiência. Se diminuir a intensidade luminosa em primeiro lugar, pode não ver os auscultadores. Etc...
Don't get any big ideas
they're not gonna happen
You paint yourself white
and fill up with noise
but there'll be something missing
Now that you've found it, it's gone
Now that you feel it, you don't
You've gone off the rails
So don't get any big ideas
they're not going to happen
You'll go to hell for what your dirty mind is thinking
terça-feira, 2 de junho de 2009
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Go with the flow
Tenho andado com demasiada preguiça para pensar detalhadamente em qualquer coisa que seja. Apetece-me fluir. Acontece que a fluidez é feita de muitos pensamentos já processados anteriormente. Estranho, não é?
Vem este pensamento a propósito de outro que me surgiu em alturas de menos preguiça. Dei na altura comigo a interrogar-me acerca da vontade de dissecar arte, seja qual for a forma que ela toma. Cá por mim, posso explicar porque gosto, consigo explicar o que me agradou, o que me tocou. Consigo chamar a atenção para o pormenor requintado que me fascinou, para as palavras que me falaram mais directamente, para os sons que me fizeram mover ou embalar. Tudo tão subjectivo! A arte flui através de quem a observa, não é necessário pensar sobre ela, é necessário fluir (a tal fluidez de muito pensamento já processado!).
É esta a diferença entre alguém que aprecia arte e alguém que a disseca. Dissecar, dividir, rotular, processar. Há rótulos para música, cinema, pintura, escultura em múltiplos géneros! Será que quem tanto precisa de rótulos terá alguma vez a verdadeira liberdade de fluir?
Vem este pensamento a propósito de outro que me surgiu em alturas de menos preguiça. Dei na altura comigo a interrogar-me acerca da vontade de dissecar arte, seja qual for a forma que ela toma. Cá por mim, posso explicar porque gosto, consigo explicar o que me agradou, o que me tocou. Consigo chamar a atenção para o pormenor requintado que me fascinou, para as palavras que me falaram mais directamente, para os sons que me fizeram mover ou embalar. Tudo tão subjectivo! A arte flui através de quem a observa, não é necessário pensar sobre ela, é necessário fluir (a tal fluidez de muito pensamento já processado!).
É esta a diferença entre alguém que aprecia arte e alguém que a disseca. Dissecar, dividir, rotular, processar. Há rótulos para música, cinema, pintura, escultura em múltiplos géneros! Será que quem tanto precisa de rótulos terá alguma vez a verdadeira liberdade de fluir?
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