Aqui há dias tive um dos sonhos mais estranhos da minha vida. Acordei acalorada e levemente perturbada com a minha sanidade mental. Passo a descrever, tentando ser o mais exacta possível, sem romancear ou fazer ligações que permitam dar ao sonho algum sentido. Aqui vai:
Estava no supermercado a visitar um amigo que lá trabalhava (nota: este meu amigo não trabalha num supermercado). Quando o encontrei ele estava a olhar para uma prateleira, e, não sei porque razão, estava a tentar distinguir um cacto de uma couve-flor, mas isto estava a ser uma tarefa difícil para ele. O cacto era este que podem observar na foto abaixo (a da esquerda, caso também não saibam distinguir uma coisa da outra). Na realidade, acabei de descobrir que isto não é um cacto, mas sim uma planta da família Aizoaceae, do género Lampranthus. Mas na altura do sonho não fazia a mínima ideia disso, e para mim isto era, evidentemente, um cacto, e, mais evidentemente ainda, muito diferente de uma couve-flor.
Fiquei fascinada a olhar o cacto (que não é um cacto, mas para mim era um cacto), a couve, e o meu amigo, e debrucei-me olhando atentamente a prateleira, tal como aliás ele fazia.
Passado um bocado de atenta observação, já não estava a observar nada, mas sim a seguir o meu amigo pelo supermercado, acompanhando-o numa das suas tarefas diárias. Esta tarefa, que ele realizava diligentemente, consistia em separar o pão por géneros: cacete, carcaça, pão de mafra, sei lá - o que possam imaginar. O pão estava espalhado por várias prateleiras do supermercado e ele ia recolhendo o pão e ia dizendo: "Ah, um bocado de cacete." ou "Aha, um pedaço de carcaça." - e ia guardando o pão num cesto. Sim, leram bem: "um bocado" e "um pedaço". É que o pão que andava espalhado pelas prateleiras estava meio trincado. Não me lembro se esta tarefa me pareceu bizarra na altura. Não me lembro se o facto do pão estar espalhado pelo supermercado, ou trincado, me pareceu estranho. Apenas achava estranho que o meu amigo - que não trabalha num supermercado, nem é padeiro - estivesse vestido de bata branca e chapelinho a condizer.
Acordei estremunhada e intrigada. Que diacho significará um sonho destes? Só pode ser confusão mental! Consulto o google e vou parar a um site que já não me lembro qual é - peço desculpa - e do qual retiro a preciosa informação:
"Sonhar com pão é favorável, com matizes conforme a natureza do pão. Se branco - haverá êxitos pessoais. De cevada, a pessoa gozará de saúde; de centeio - receberá dinheiro."
Sinto-me muito melhor! Continuemos a ler:
"Mas se forem pães pequenos, os benefícios esperados serão escassos (...)"
Bolas! Estragaram tudo! Haverá algo mais interessante a saber? Continuemos:
"O pão cortado permite avaliar previamente a longevidade, porque inteiro ele significa um século. A avaliação se baseará na porção mais ou menos importante que restar dele."
Bom, suponho que muitas porções não é mau, e elas pareciam ter importância, senão o meu amigo não as recolhia. Vamos lá, leiamos mais:
"Os sonhos com pão (...) anunciam que o sonhador saberá conseguir o que lhe falta. Vê-lo - é um óptimo sonho, indicando que todos seus negócios serão favorecidos e resolvidos de maneira que todos fiquem bem. Comê-lo - êxito e lucros certos."
Pronto. Posso ir tomar o pequeno almoço. Uma carcaça com manteiga parece-me bem. Acho melhor nem procurar nada sobre cactos, couves ou padeiros. Se encontrarem alguma informação nesse sentido, sintam-se à vontade para ma transmitir, mas sinceramente, só se acharem que vale mesmo a pena.
2 comentários:
O excesso de trabalho dá nisto...take it easy.
JP
O excesso de trabalho dá essencialmente no que a angel diz na última frase: "sintam-se à vontade para ma transmitir, mas sinceramente, só se acharem que vale mesmo a pena". Dá vontade de acrescentar: "que farta de informação inútil ando eu farta". Vero?
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