segunda-feira, 31 de março de 2008

Grandes frases


If the sky can crack, there must be someway back...
U2 - Electrical Storm

sábado, 29 de março de 2008

sexta-feira, 28 de março de 2008

O dia em que a minha multifunções morreu

Nota prévia: Qualquer semelhança entre este post e qualquer outro é pura coincidência.

Não sei ao certo, mas suspeito, que muita gente já passou o que eu passei com a minha impressora da HP. Num belo dia, geralmente AQUELE dia em que mais dela necessitamos, a nossa impressora dá o grito do ipiranga e resolve, pura e simplesmente, recusar-se a trabalhar. Melhor dizendo, a impressora "passa-se dos carretos" e aplico esta expressão no sentido literal. Os ruídos emitidos são assustadoramente agoniantes, os carretos rodam, rodam, rodam e os tinteiros andam desorientados dum lado para o outro, sem saber o que fazer da vidinha deles. Quando finalmente páram, todas as luzes de alarme se acendem, e a desgraçada da impressora informa que tem um atolamento de papel, coisa estranha, que acontece mesmo quando a dita não tem qualquer papel lá dentro, ou mesmo na calha de entrada. Bom, escusado será dizer que a agonia da impressora é imediatamente transmitida ao seu proprietário, neste caso em concreto, à sua proprietária. Fazem-se todos os testes possíveis e imaginários, perdem-se horas na tentativa de resolução do problema, mas tudo em vão. Há um atolamento de papel, embora não se saiba muito bem onde. Após desistência, e já em extremo desespero, procura-se a factura de compra, que, é claro, não está no sítio onde deveria estar. Dá-se o caso por perdido, pois embora a criatura esteja dentro do prazo de garantia, sem factura nada feito.

Mas, passado um tempo e já com mais calma, eis que se encontra a factura, exactamente no sítio onde se tinha procurado antes. É necessário aqui um parêntesis, pois continuo convencida da verdade de uma história que há muitos anos vi num episódio da Twilight Zone: existem uns homenzinhos incansáveis que criam previamente cada minuto futuro, replicando o mundo tal como era no minuto anterior. Nas nossas casas, colocam todos os objectos em cada sítio onde os tínhamos, mas, hélas, por vezes falham no seu serviço. E temos que admitir a verdade disto: os tipos esqueceram-se neste caso de, em dado minuto, colocar a factura no sítio. É óbvio. Felizmente devem ter reposto a realidade como ela devia ser, num qualquer minuto seguinte. Temos que os perdoar, pois é um trabalho muito difícil. Bom, adiante. Com factura, a coisa é diferente e a história está quase a acabar.

Eis que se liga para o suporte técnico da dita marca, onde somos atendidos por um simpático e diligente funcionário. Fazemos todos os testes que já tínhamos feito e mais alguns. É preciso um pano húmido para limpar os carretos, é preciso remover tampas da impressora que nunca tínhamos suspeitado que existissem, é preciso carregar em dois botões em simultâneo, ao mesmo tempo que seguramos uma ficha numa mão e o telefone na outra. Pronto, está resolvido: há um atolamento de papel e continuamos sem saber porquê.

Final feliz: a HP vem cá a casa trazer-me uma máquina nova. Quanto a esta, até posso atirá-la pela janela. Um bom dia a todos.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Nick Cave está quase aí de novo

O Nick é um fabuloso contador de histórias. Vai voltar a Portugal com os Bad Seeds no próximo mês, mas desta vez penso que não vou conseguir ir vê-lo, com muita pena minha. Oh well, maybe next time... Do seu novo trabalho, aqui fica Dig, Lazarus, Dig!!!

Capítulo 3: A reunião

Tudo se passou então muito rapidamente, sem que Nikki tivesse sequer tempo de protestar. Enquanto a sua nave atracou à de Rabbit, já se aproximava a cruiseship dos Jalapeños. Nikki dirigiu-se à porta de ligação, ainda a destilar fúria, mas sem saber muito bem como parar Rabbit sem ter que usar actos violentos. Talvez ele tivesse razão, o que a fazia perder-se nos seus esquemas era mesmo aquilo que ele apelidava de "delicadeza". Era por causa daquela "delicadeza" que estava neste momento junto à porta de ligação mirando Rabbit, que ostentava um ar de felicidade, com uma caixa de cartas numa mão e outra de fichas debaixo do braço.

Os Jalapeños também chegaram rapidamente. Tinham a faculdade de se teletransportar, mas essa era a única coisa que Nikki lhes invejava, pois para compensar essa portentosa capacidade, apresentavam um odor único em toda a Galáxia, odor esse que não podia ser classificado na gama do agradável. De um momento para o outro, três Jalapeños apareceram na zona de living da sua nave, sem se poder dizer que tivessem sido propriamente convidados. Com esgares sorridentes, aproximaram-se de Nikki e de Rabbit, fazendo vénias e emitindo ruídos de satisfação.

Nada a fazer - pensou - agora é jogar o jogo. E é que era mesmo.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Miami Vice e as Lanchas

Revejo o Miami Vice de Michael Mann na tvi. Ok, não o considero um grande filme, mas é um bom entretenimento. Ainda não percebi bem porquê, mas não consigo deixar de o ver cada vez que passa na tv. Huuummm... eu confesso: uma boa razão são mesmo estas lanchas...



Há uma parte do filme, já perto do final, em que duas lanchas se deslocam lado a lado, à noite. O rasto que deixam é azulado. Bela fotografia, caramba. É essa a imagem do filme que me vem sempre à cabeça.

sábado, 22 de março de 2008

Capítulo 2: Os turistas Jalapeños

Nikki colocou a sua nave em rota de intercepção com a de Rabbit e pôs os sentidos em alerta, preparando-se já para nova perseguição, mas em vez disso recebeu no intercom um sinal de aviso. Era Rabbit que tentava estabelecer comunicação. Já nada a espantava. Era preciso ter lata. Rabbit apareceu no monitor, com aqueles olhos grandes a fixá-la e um ar inocente:
- Olá Nikki, como vais?
- Como vou?! Queres mesmo saber isso? Prepara-te para a abordagem, Rabbit. Vou buscar os meus Créditos agora.
- Eh... lamento, Nikki. Não os tenho. Na realidade preciso da tua ajuda.
- Da minha ajuda?? Ainda esperas ajuda, Rabbit? Não cessas de me espantar. Não conheces limites!
- Nikki, espera! Podes recuperar os teus Créditos! Só preciso de mais um jogo, só mais um jogo. O Bear encontrou-me e não está muito contente, posso dizê-lo. Ameaçou fazer da minha nave sucata, e de mim sumo de cenoura se não lhe pagasse o que lhe devia! Conheces o Bear, sabes que ele não tem a tua delicadeza, Nikki, ele não é propriamente um diplomata. Tenho até amanhã para lhe pagar...
- Rabbit... espero que estejas preparado para a minha delicadeza, pois estou neste momento a sentir-me inundada dela... Não faço da tua nave sucata, pois ela vale mais inteira. Vais pagar-me o que me deves e aprender a não ser batoteiro. Prepara-te, vou atracar.
- Espera, não desligues! Tu tens que me ajudar, ouve bem: eu não tenho Créditos suficientes para te pagar e tu sabes que preciso da minha nave. Como posso trabalhar sem ela?
Nikki abriu a boca para falar, mas estava sem palavras. Então Rabbit achava que andar de Galáxia em Galáxia em torneios de Mad-Poker era trabalho. Fechou a boca. Rabbit continuou:
- Tenho um pequeno jogo organizado, somos poucos. Resolvi compensar-te. Estás inscrita. Apanhei uns turistas Jalapeños, uns verdadeiros achados! A transbordar de Créditos para gastar. Podes recuperar facilmente o que perdeste, Nikki, e se não fores tu, sou eu. Ficas sempre a ganhar, repara. Se não ganhares, ganho eu, e nesse caso ganhas tu também.
Havia qualquer coisa naquela lógica que lhe estava a escapar.
- És um vigarista, Rabbit. E se ganhar eu, quem paga o que deves ao Bear?
- Huuummm... conto com a tua boa vontade. Repara: o que está em jogo é muito mais do que possas imaginar. Digamos que aqueles Jalapeños não sabem o que hão-de fazer ao dinheiro. Só querem passar um bom bocado, os coitados. Querem divertir-se por estas bandas, não sabem como. Na realidade, estamos a fazer-lhes um favor...
- Ha! Não contes comigo. Desenrasca-te.
- Mas Nikki... espera! Está tudo combinado! Já lhes disse que tínhamos jogadora. Elogiei a tua beleza e intrepidez. Não conhecem terráqueas. Estão ansiosos! Além de que o jogo é na tua nave e tudo.
- Hein?! Na MINHA nave?! O jogo é na MINHA nave?! Combinaste trazer uns Jalapeños fedorentos para aqui????
Nikki estava a sentir-se novamente com vontade de o perseguir, mas desta vez por cinquenta cinturas de asteróides seguidas.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Blade Runner: The Final Cut

Aquela edição exclusiva fnac do Blade Runner da qual eu falei aqui e que se encontrava esgotada, voltou a aparecer. Não lhe resisti, e tem valido cada euro (Eu disse cada euro? Desculpem, correcção: tem valido cada cêntimo...) que paguei por ela, embora tenha começado pelo disco 2, que contém os documentários relativos às várias fases do "making of". É impressionante perceber o quanto a visão do realizador Ridley Scott determinou todo o ambiente do filme. O tipo tem realmente um instinto singular para a coisa e uma determinação fantástica. É claro que levou quase ao esgotamento muitos dos que trabalharam com ele, mas para nós, vulgares espectadores, valeu muito a pena. Fascinou-me também a parte do documentário em que nos mostram o trabalho da equipa de efeitos visuais, que nos permitiu ver aquelas paisagens futuristas que são tão características do filme.


Apesar de já ter visto alguns "making of", confesso que fiquei espantada de ver o trabalho que esteve por trás da construção daquelas imagens. Aquela malta é doida mas adorou o que fez. Two thumbs up! Vou continuar o visionamento. Entretanto, aqui fica um link que talvez queiram consultar: Blade Runner - The Final Cut.

A Balada do Mar Salgado


Um dos meus favoritos de sempre em BD. Fez 40 aninhos em 2007, mas esta edição colorida é de 1991. E já não sei bem de quem é a culpa de eu me ter lembrado disto. Pronto.

terça-feira, 18 de março de 2008

Capítulo 1: Rabbit

Nikki olhava fixamente o painel da nave. Ao terminar a manutenção não-programada da sua Golden Eagle (II) tinha apreciado com gosto o aspecto robusto e veloz da menina-dos-seus-olhos. O vermelho-sangue metalizado reluzia resplandecente e já não havia sinais das mossas resultantes daquela impulsiva passagem pelo meio da cintura de asteróides. Por dentro parecia estar tudo igualmente afinado. Já não se ouvia aquele irritante trec-trec-trec vindo da zona do reactor e parecia que a nave já não ameaçava perdas de energia a todo o momento. Malditos asteróides! Também ninguém a tinha mandado perseguir aquele crápula do Rabbit a todo o custo, mas o certo é que ele lhe tinha deixado os nervos em franja. Como se atrevia ele a enganar toda a gente?! A fazer batota ao Mad-Poker daquela maneira, escondendo os ases na manga?! E não bastando isso, ao ser apanhado com a boca na botija, ainda se atrevera a dizer que era inocente! E depois, esguio e ágil como era, fugira a toda a brasa, com os bolsos cheios de Créditos Nimeanos! O que é certo é que se safara, mas só por esta vez... sim, Nikki ainda não tinha desistido. Orbitava agora Nimea, com o olhar desfocado mas sentidos apurados, todo o painel da nave em estado de alerta. Uma coisa era certa: Rabbit teria que voltar a Nimea, pois só ali aquelas chapas tinham algum valor. E quando voltasse... zás! A ela não lhe escaparia: teria que devolver, uma por uma, todas as chapinhas que lhe pertenciam. Sim, porque a manutenção também não se podia dizer que tivesse sido barata. Aliás, pensando melhor, Rabbit pagaria a manutenção também... Ha! Um sorriso sarcástico colou-se aos lábios de Nikki, enquanto pensava nas suas mãos nuas apertadas à volta do pescoço peludo de Rabbit... Estava nestes pensamentos quando um bip se fez ouvir no painel de comandos. Não queria acreditar! Era o trace de Rabbit que aparecia no monitor! Aproximava-se de Nimea, sem qualquer escudo protector, sem qualquer sinal de tentar esconder a sua visibilidade, o incauto!

Conan, o rapaz do futuro

Aqui há dias lembrei-me deste rapaz, cujas aventuras seguia religiosamente na televisão. Como seria rever isto agora? Tenho a certeza que uma coisa continuaria a fascinar-me: a forma como Conan se agarrava a tudo com os pés... caramba... E a Guerra Mundial que destruía a Terra? Era em 2008, ah, pois era! Aqui fica a abertura, em japonês, tal como passava na RTP.

As coisas que eles inventam

Que dizer de uma réplica do R2-D2 que é um video projector com som surround? Tem leitor de CD e DVD, tem portas para ligar o leitor de MP3 e serve de docking station para o iPOD! Ah, parece que também tem uma série de slots para ligar uma carrada de cartões de memória... Caramba, a cereja no topo do bolo é que o controlo remoto tem, nem mais nem menos, o formato do Millennium Falcon! Oh Jesus! Vá lá, rápido, já podem fazer uma encomenda... está finalmente disponível na Europa e só custa 2780€...

domingo, 16 de março de 2008

Shout Out Louds vs. The Cure

Shout Out Louds é o nome de uma banda sueca que anda a fazer furor por aí. A canção que aqui deixo - Tonight I Have To Leave It - aparece num anúncio da optimus e tem sido ultimamente tocada até à exaustão, mas não deixa de ser delirantemente divertida.



O que é engraçado é que a voz do vocalista e a sonoridade geral me fazem sempre lembrar (e parece que não sou a única a quem isto acontece) The Cure - com o devido respeito e grande vénia a estes senhores da música que muito admiro. Portantos, como dizia o outro, aqui fica também o vídeo de Just Like Heaven.

sábado, 15 de março de 2008

Conversas surreais

Devo dizer que achei genial este último episódio dos incorrigíveis. É o Nuno Markl no seu melhor. Espero que achem tanta graça quanto eu achei. Se não acharem... olhem... cocó pra vocês.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Será este o Zorbas?

E a propósito de Blues...

Palavra puxa palavra, blogue puxa blogue, música puxa música... Travelling Riverside Blues dos Led Zeppelin. Grandes malhas.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Lust, Caution


Este é um filme que ainda não fui ver, mas talvez, quem sabe, este fim de semana. Do realizador Ang Lee, Sedução, Conspiração é um filme de espionagem passado em Xangai durante a Segunda Guerra Mundial e que, ao que parece, envolve forte intriga emocional e algumas cenas mais ousadas. Da China só podia vir qualquer coisa como isto: a actriz Tang Wei, protagonista das mesmas, foi banida dos meios de comunicação pelo organismo que tutela a rádio, televisão e cinema. E estamos nós no século XXI...
Trailer do filme disponível aqui (é clicar, que funciona!)

sexta-feira, 7 de março de 2008

Quatro quadras soltas



Ó i ó ai, há já menos quem se encolha
Ó i ó ai, muita gente fala e canta
Ó i ó ai, já se vai soltando a rolha
que nos tapava a garganta...

Mais um ritmo latino-americano


Não sou aquele típico estereótipo feminino que adora danças de salão e não perde uma sessão do Dança Comigo. Aliás, esse programa é mais uma das minhas pequenas embirrações. Sou no entanto bastante sensível a um bom ritmo a entrar-me pelo corpo adentro e isto pode querer dizer abanar a cabeça ao som dos Metallica, mas também abanar a anca ao som de um bom ritmo latino. A propósito do post anteriormente publicado, lembrei-me de uma música que conheci via cinema, pois faz parte da banda sonora do Kill Bill Vol. 2 (a propósito, Tarantino é um exímio "escolhedor" de músicas para os seus filmes - diz ele que costuma passar várias horas a ouvir música no processo de pré-produção, para tentar criar e entranhar o ambiente que quer para o filme. Na minha humilde opinião, resulta lindamente!). Bom, lembrei-me então desta versão dos Chingon de Malagueña Salerosa. Um espectáculo. É que tem umas guitarradas mesmo fabulosas.
Vá lá, Enemy, agora para ti: puxa lá pela placa de som, que esta pode não ser da pesada, mas também consegue mandar paredes abaixo. Se quiseres fazê-lo de forma mais eficaz, eu posso enviar-te um mp3...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Sobre canções "reconfortantes"

Aqui há tempos deparei-me com uma página na internet que continha uma lista de canções que supostamente ajudariam uma pessoa a sentir-se melhor em caso de desespero. Entre elas estavam, por exemplo, a famosa "Bridge Over Troubled Water" de Simon & Garfunkel, "Imagine" de John Lennon, "Hero" de Mariah Carey ou "You've Got a Friend" de James Taylor. Bom, não sei se sou só eu, mas acho que se ouvisse estas canções numa altura de desespero, o mais certo era ficar a chorar ainda mais baba e ranho. Se o meu objectivo fosse ficar ainda mais deprimida, seria de facto uma boa solução. Não desconsiderando nenhuma das canções, também não simpatizo grandemente com nenhuma delas. Ok, mentira: tenho alguma simpatia pela canção de Simon & Garfunkel, mas nenhuma das outras me diz grande coisa. E em relação ao unanimemente lindo e maravilhoso hino de John Lennon, devo dizer que me irrita um pouco tanta paz e amor. Chamem-me o que quiserem, mas isto são quatro canções com tanto açúcar, que até fazem mal à saúde. É ataque de hiperglicémia na certa.
Bem, como isto aqui não é só dizer mal e depois não apresentar alternativas, aqui fica então uma sugestão de acção anti-desespero, por exemplo, para um coração estraçalhado: sofram, sim, que é preciso, mas com muito ritmo...