segunda-feira, 13 de abril de 2009

Reorganizações


Há alturas em que tenho uma necessidade enorme de me reorganizar internamente e para iniciar esse processo, nada melhor do que uma reorganização do espaço à minha volta. De vez em quando preciso de fazer umas mudanças, desfazer-me de algumas coisas das quais já não necessito e mudar o lugar de outras de acordo com o destaque que mais me parece adequado no momento.

Não sou do género de acumular coisas pois prezo bastante um espaço aberto e funcional, mas talvez devido a algum trauma de infância, sinto-me às vezes culpada de deitar algumas coisas fora. Mas vejamos um exemplo: tenho ali dentro uma boneca de loiça, porcelana, ou que raio é aquilo, foleira à brava, que me foi oferecida por uma amiga tinha eu para aí uns 12 anos; durante vários anos esteve colocada à beira de uma prateleira, na esperança de que uma qualquer pancadita fizesse cair o mono; mas não, nada. A coisa preserva-se. Para que me serve aquilo? Resposta: para nada! As minhas células cinzentas guardam a memória da ofertante e não preciso de olhar para o mono para me lembrar dela. E no dia em que as minhas células cinzentas já não forem capazes de me trazer memória alguma, olhar para aquilo também não me vai fazer mais feliz, aliás desconfio que até corro o risco do contrário.

Por isso, meus caros, o meu lema é "guardemos apenas o suficiente e o necessário, deitemos fora o supérfluo".

E por hoje é suficiente guardar e colocar em posição de destaque o meu boneco do marsupilami. Houba!

1 comentário:

Unknown disse...

Concordo plenamente! Sabes o que é que fiz àquela cartolina que revelei há dias e que guardava religiosamente como prova da minha actividade artística precoce? Lixo! E olha que não sou menos feliz do que antes.
Talvez uma dia destes dê um encontrão na tua estante...