segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

A pedra azul

À medida que caminhava, Lia observava o Sol que penetrava a folhagem, criando efeitos de cor e luz. Os feixes luminosos pareciam mágicos. Estava nestes pensamentos quando um dos focos de luz pareceu intensificar-se num dado ponto da floresta. O que seria aquilo? Lia desviou os olhos na direcção do brilho e verificou que tinha uma luz azulada e que parecia que vinha de uma árvore. A curiosidade fê-la desviar do seu caminho e aproximar-se cada vez mais do brilho azulado. Foi andando, andando, até que deu consigo ao pé das raízes de um grande castanheiro. No tronco do castanheiro, a meia altura, havia uma pequena fenda, de onde saía a luz azulada. Um tronco estalou algures. Lia olhou em volta, tendo por momentos a sensação de estar a ser observada e susteve a respiração. Nada. Esticou a mão para a fenda e, sem conseguir ver o que estava a fazer, tacteou o pequeno espaço até agarrar uma forma redonda, que retirou de dentro do tronco do castanheiro. A pequena pedra azulada e brilhante resplandecia agora na palma da sua mão.

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